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Aposentos de Perséfone

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Mensagem  Hades Seg Abr 09, 2012 10:20 pm

Assim que decidira ter Perséfone como sua Rainha, Hades mobiliou um aposento apenas para ela, com todos os apetrechos que via, através do Espelho das Visões, no quarto dela, tentando imitá-lo. Não é necessário dizer que foi uma tentativa fracassada, sendo que, diferente do Olimpo, o Submundo não abundava de plantas.

De frente para a porta, no meio do aposento, encontra-se a cama. Lençóis brancos se encontram abaixo das cobertas cinza-chumbo. Logo ao lado direito da cama, quando se deita, existe um criado-mudo onde, durante o início de seu rapto - quando não o acompanhava nas refeições - Hades depositava a bandeja de comida. Na parede a direita de quando se entra no aposento, existe uma outra porta, uma passagem entre o quarto de Perséfone e de Hades, muito usada por Hades. Logo ao lado esquerdo, a penteadeira com todos os apetrechos femininos que conhecia - e ele conhecia muitos. Na parede oposta, lado direito de quando se entra, existe a porta para o banheiro.

Para trazer um pouco da luz que havia no quarto original, Hades espalhou várias velas e castiçais pelo aposento para mantê-lo o mais claro que é possível.

Todos os utensílios variam do branco ao cinza, apesar de Perséfone estar se esforçando em trazer coisas mais coloridas para o seu novo Lar.



Última edição por Hades em Sex Jun 01, 2012 10:23 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Hades Seg Abr 09, 2012 10:43 pm

O corpo frágil e leve de seu tesouro rebelado tremia e, mesmo ainda em fúria, podia sentir que seus intentos para libertar-se de seus braços pareciam estranhamente contraditórios durante a caminhada até o quarto dela. Quando dava um mínimo de liberdade, diminuía a intensidade de seu debater e quase podia sentir como se quisesse retornar para perto. Porém, quando apertava com mais firmeza, começava novamente a tentar se libertar.

Não deu muita atenção ao fato, principalmente que quando o corredor começou a se iluminar com mais frequência, essa estranha contradição simplesmente desapareceu, restando apenas as tentativas infrutíferas, já muito menos ferozes que as iniciais devido ao cansaço. Fraqueza, pelo esforço inútil, e falta de alimentação adequada. Adentrou o aposento, sem mais nenhuma resistência e, caminhando até a cama, depositou-a com delicadeza sobre o leito.

- Porque sempre o impossível? - ele sussurrou, mais para si do que ela, enquanto o fazia e tentando ajeitá-la sob as cobertas acinzentadas e brancas, as cores mais diferentes que possuía no castelo.
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Mensagem  Perséfone Seg Abr 09, 2012 11:10 pm

Assim que Hades a libertou, depositando-a em sua cama, sentou-se, abraçado os joelhos num ato impensado de proteção. Com ele por perto, estava sempre na defensiva, nunca sabia quando iria surtar e descontar nela. Era era incerto, insano, perigoso. Tinha medo dele ou do que poderia fazer. Sentia como se tivesse que ficar em alerta em tempo integral por ali.

- Porque sempre o impossível? - ouviu-o sussurrar.

Certo. Todos tinham sua vez de surtar e a sua tinha chegado.

- Impossível? Impossível? Eu, Hades?? Eu sou impossível?? - se levantou, ficando de pé sobre o colchão. Ainda assim faltava alguns centímetros para ficar da altura dele. - Você me sequestra, me trás para o submundo contra a minha vontade. E eu sou impossível? - colocou uma das mãos na cintura a outra na altura do rosto dele. - Estou cansada, com fome, dolorida física a psicologicamente por tudo que passei nesses últimos dias. Fui carregada como um saco de batatas nos últimos minutos e você espera que eu esteja linda e sorridente pra você? Sendo que você é a pessoa mais instável do universo? - jogou as mãos pro alto revoltada e depois voltou a encará-lo revoltada. - VOCÊ É IMPOSSÍVEL HADES!! VOCÊ!! NÃO EU!!

O rosto chocado do Deus a sua frente fez se dar conta do que tinha acabado de acontecer.

Ela, Perséfone, filha de Deméter, acabava de gritar com alguém.

Nunca, em toda a sua existência, isso tinha acontecido.

Levou a mão a boca e sentiu os olhos marejarem, se sentindo estupida, bruta e alterada.

- Desculpe...- sentiu os joelhos fraquejarem e se sentou sobre a cama. - ...desculpe...
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Mensagem  Hades Seg Abr 09, 2012 11:40 pm

Poderia esperar tanto dela e tantas coisas diferentes. Observou-a de seu Espelho das Visões por tanto tempo que poderia saber de cor e salteado como era sua personalidade dócil e amável. Mas, ali embaixo, todas as suas reações eram totalmente estranhas e difíceis de se prever.

E o mais incomum, no entanto, era que seu encanto por ela não havia diminuído nem um milésimo por isso. Seu espírito agressivo que aflorava sob o teto de seu lar-prisão apenas o surpreendia, mas nunca desfazia aquele sentimento quente que lhe aquecia, amornava seu coração gelado.

Isso não queria dizer que não se sentisse responsável por estar fazendo-a tomar contato com sentimentos tão vis. E o contato não parecia incomodar apenas a ele...

- Desculpe... desculpe... - seus joelhos estremeceram e desabou sentada sobre na cama após gritar com ele, as mãos sobre o rosto, enquanto começava novamente a chorar.

Novamente, pela terceira vez em um só dia, lhe rolavam lágrimas pelos olhos, sendo que 2/3 das vezes o culpado era ele próprio. Pior, não fazia nem idéia do motivo dela ter-lhe pedido perdão. Não havia nenhum motivo para tal coisa e o deixava sem reações ao fato.

Sentou-se na beirada da cama, mansamente, sem jeito. Estava perdido sobre o que fazer para fazê-la parar de chorar naquele momento e sabia que seria insensível apenas lhe mandar dormir. Um mínimo de convivência o fazia lembrar-se que ordens não eram gentis e nem boas para fazer ninguém se acalmar.

Mas não sabia o que fazer, além de observá-la com uma sensação de impotência ela verter lágrimas sem parar.

- Perséfone... - chamou, num último recurso, na intenção de talvez lhe desviar a atenção para alguma coisa.

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Mensagem  Perséfone Ter Abr 10, 2012 12:03 am

Sentada, com os joelhos altos e o rosto enterrado neles, seus cabelos lhe caiam em volta de seu corpo franzino, formando um confortável casulo para abafar seus soluços.

- Perséfone... - ouvi-o chamando de um jeito doce.

Levou algum tempo pra levantar a cabeça. Tinha sido grossa, deslegante e mau educada. E estava envergonhada de seu comportamento explosivo. Por pior que Hades fosse, ele não merecia seus gritos. O Senhor das trevas não lhe deixava fugir, mas em momento algum lhe fez algum mal intencional. Seu desgaste físico foi porque ela mesma se recusava a comer algo do submundo. E o psicológico era porque, simplesmente, não conseguia entender como a cabeça lunática do seu sequestrador funcionava.

Enxugou os olhos com as costas da mão e levantou os olhos pra ele numa pergunta silenciosa.
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Mensagem  Hades Ter Abr 10, 2012 12:15 am

Demorou algum tempo para que lentamente ela saísse de seu casulo de cabelos e retornasse os olhos vermelhos de chorar em sua direção. Com as costas da mão, enxugava de modo infantil seu rosto, antes de retornar a olhá-lo definitivamente e com um ar interrogativo.

Se fosse possível, aquele ar neutro e curioso o deixou com menos reações ainda ao fato. Já não tinha planejado o que falar logo após chamá-la, com aquele olhar, só piorou seu atrapalho que, esperava, não estivesse aparente em suas expressões, apesar de duvidar. Nunca sentira-se tão inseguro frente a alguém quanto naquele momento, ainda por cima produzido por uma 'criança'. No fim, o máximo que conseguiu fazer fora desviar os olhos, enquanto estendia a mão onde conjurou um lenço negro.

- Pegue. - falou simplesmente, quase sentindo a língua travar no meio caminho de uma palavra tão simples.

O que estava fazendo? Como ela podia fazê-lo sair da fúria para a completa atrapalhação com apenas alguns gritos?
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Mensagem  Perséfone Ter Abr 10, 2012 12:24 am

Ele era a personificação da contradição. Talvez nunca entendesse como pulava de um humor para o outro assim tão rápido. Tinha lhe chamado, mas quando levantou os olhos fora ele que desviara a atenção para o outro lado do quarto, lhe deixando totalmente confusa sobre o porque do chamado.

Um momento depois, estava com o braço esticada, com um lenço negro entre os dedos.

- Pegue. - falou simplesmente

Suspirou resignada, pegando o quadrado de tecido. Era melhor desistir de entender.

- Obrigada. - disse num fio de voz e levou o lenço até os olhos molhados, enxugando o rosto machado de lagrimas.
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Mensagem  Hades Ter Abr 10, 2012 3:23 pm

Ouviu um leve suspirar resignado, pouco antes de senti-la retirar o lenço de suas mãos, sem medo, sem receio, sem hesitação. Foi tão natural e, então, logo após, um agradecimento.

Retornou os olhos para o rosto infantil, com certa expectativa e a viu enxugar as lágrimas de seu rosto com o lenço que lhe entregara. Tinha conseguido? Conseguira finalmente fazer os sentimentos revoltosos dela serem aplacados com suas próprias mãos?

Aparentemente, sim. Não sabia o que tinha feito, apenas que tinha funcionado. Abriu e fechou os dedos próximo de seu corpo algumas vezes, ainda incrédulo do que tinha acabado de fazer e temia desfazer se fizesse alguma coisa precipitada, ou mesmo algo estúpido mesmo.

Quando ela terminou de limpar seu rosto, esticou a mão para retirar o tecido das mãos dela.

- Hora de dormir, Perséfone. - disse baixo, com uma voz doce. Sentia-se tão realizado, que provavelmente a deixaria retornar a olhar para o Espelho das Visões, mesmo que fosse para ver Deméter.

Sem protestos, deixou que a acomodasse na cama, colocando as cobertas por cima de seu corpo.

- Durma bem, pequena. - sussurrou, penteando os longos cabelos, deixando-os por cima das cobertas e, por um momento, permaneceu ali, observando-a.

Levantou-se devagar da cama e com um movimento amplo de sua capa, a rodopiou e todas as velas se apagaram do aposento, deixando-o na escuridão completa. Depois disso, deu a volta no dossel da cama e caminhando para a porta que dava diretamente ao seus aposentos, logo ao lado. Abriu-a e, ainda ali, voltou os olhos para a cama dela e então para o lenço que ainda carregava.

Apertou-o contra si e retornou a caminhar para o quarto, fechando a porta.
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Mensagem  Perséfone Ter Abr 10, 2012 6:35 pm

- Hora de dormir, Perséfone. - disse baixo, com uma voz doce.

Estava tão cansada, tão exausta, de tantas maneiras, que não via como protestar. Deixou que a acomodasse na cama, colocando as cobertas por cima de seu corpo. E se permitiu fechar os olhos por um momento de descanso, suspirando relaxada depois de um dia cheio das excentricidades de Hades.

- Durma bem, pequena. - sussurrou, penteando os longos cabelos, deixando-os por cima das cobertas. Como a cama não se mexeu, indicando que ele partira, entreabriu devagar as pálpebras pesadas, para perceber que ele ainda estava ali, observando-a.

Mas em seu estado de tão avançado de letargia, nem conseguiu abrir a boca para perguntar o que ele ainda fazia ali. Apenas piscou demoradamente, até terminar com os olhos fechados de novo.

Mas não demorou muito para que ele se levantasse e uma porta batesse em algum lugar no quarto.

Tinha planejado fugir naquela noite. Mas seu corpo estava tão, incrivelmente cansado e dolorido, que se permitiria algumas horinhas de sono antes de tentar escapar.



Link de Continuação: https://refugio-meiosangue.forumeiros.com/t78-aposentos-de-hades#148
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Mensagem  Perséfone Qua Abr 11, 2012 7:37 pm

Acordou horas mais tarde, um pouco menos cansada do que antes, mas infinitamente mais faminta. Teria que sair logo dali ou acabaria comendo algo do submundo. Nem que fosse as próprias roupas, mas acabaria comendo.

O que não seria nada interessante. Fez uma careta ao imaginar a cena e seu estomago protestar audivelmente.

Colocou as pernas delicadamente para fora da cama, tentando ao máximo possível não fazer qualquer barulho, até mesmo com os lençóis. Mas seu estomago não estava, realmente ajudando no processo. Não sabia quão leve era o sono de Hades ou se ainda era noite. Então não podia abusar da sua pouca sorte.

Por ali, no submundo, tudo era escuro em tempo integral, para o seu completo desespero, como a medrosa que era.

Se inclinou sobre a mesinha de cabeceira e tateou até conseguir acender a vela que estava de repousada ali. Se ainda fosse noite, Hades estaria repousando no quarto do lado. Só precisava confirmar que ele estava descansando e poderia escapar sem que ele percebesse.

Com cuidado, se levantou e foi pé ante pé até a porta que conectava os dois quarto.

A abriu o mais silenciosamente possível e colocou a cabeça para dentro.

Com a pouca luz, só conseguiu perceber que Hades repousava calmamente em sua cama e teve que forçar a vista para ter certeza de que se seu peito subia e descia, senão, poderia jurar que estava morto, de tão imóvel que estava. Se ele tivesse um sono pesado, seria algo totalmente a seu favor. E a sorte estava lhe devendo alguns favores ultimamente.

Com todo o cuidado do mundo, voltou a fechar a porta e correu de volta a sua cama. Olhou em volta. Não tinha nada com que se preocupar em carregar, já que tinha sido sequestrada apenas com as roupas do corpo, então passou o mais rápido possível pelo quarto e foi rumo ao corredor.

Só precisaria ser rápida o suficiente e Hades nunca descobriria o que aconteceu a ela.



Link de continuação: https://refugio-meiosangue.forumeiros.com/t78-aposentos-de-hades#163
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Mensagem  Hades Qui Abr 12, 2012 11:52 am

Chegou ao quarto de Perséfone, ignorando os soluços contidos que viera dando desde que tinha começado a lhe carregar de volta ao seu lar. Depositou-a na cama e, assim que o fez, ergueu uma das mãos em direção às portas e os trincos se fechando puderam ser ouvidos com nitidez.

O estado dela era tétrico. Seu corpo estava exaurido pela fome e pelo esforço e ainda possuía ferimentos, rasgos em suas roupas e ralados em seus braços e pés, obviamente correndo em meio aos espinhos, sem cuidado algum.

Logo após analisar a imagem de pura fragilidade que ela possuía, sumiu, desmaterializando-se em sombras.

Não demorou muito para retornar com algumas coisas que julgou serem necessárias para restabelecer sua beleza maculada pelos machucados. Sentou-se na cama, ao lado, e ela simplesmente não reagiu ao fato.

- Vamos ver onde se machucou. - falou ainda com certa frieza, colocando as pernas dela sobre o seu colo, analisando os pés que estavam feridos e ainda sangravam um pouco. Uma visão horrível de seu precioso tesouro.

Sem precisar se mexer, apenas fazendo as sombras irem lhe ajudando a colocar as coisas mais próximas, colocou uma tigela com água do Rio Lete que circundava os Campos Elíseos. Com muito cuidado, começou a limpar o ferimento, retirando o sangue e a sujeira dos pequenos pés. Apesar de ter algumas reações, talvez automáticas, de 'fugir' quando tocava em algum lugar sensível, ela não conseguia fazer mais nada. Permanecia parada ao seu bel prazer.

Analisou os ferimentos e, para um pouco da sua preocupação, ele continuava a sangrar, o que não era natural. Como Deusa, ela deveria ter uma cicatrização um pouco acelerada, porém, parecia apenas uma mortal.

- Porque seus ferimentos não cicatrizam como deveriam...? - perguntou-se, enquanto passava a ponta dos dedos bem próximo, vendo o sangue ainda a escorrer, pouco, mas ainda assim, escorrendo.

Suspirou, saindo dos devaneios. Teria ainda de enfaixar-lhe os pés, lavar os arranhões por seu corpo e ainda vesti-la com roupas descentes. As suas, vindas no próprio corpo na ocasião de seu rapto, estavam em estado lastimável. Com paciência, enfaixou-lhe os pés e lavou seus ferimentos que, afinal de contas, não pareciam tão graves quanto aparentavam com a sujeira. Poucos eram arranhões mais profundos.

Despiu-a de suas roupas e, lhe pareceu nesse momento, que ela dormia profundamente. Provavelmente o cansaço lhe forçou ao sono. Deslizou calmamente a peça de seus ombros, sentindo o calor morno de sua pele com a ponta dos dedos. Mesmo tão desnutrida e sua vivacidade diminuída ao definhar, ela permanecia maravilhosa como sempre a tinha admirado.

Suas mãos passaram pelos braços, as roupas descobrindo-a lentamente. Seus olhos passeavam junto de seus dedos, admirando cada pedaço de seu corpo desnudo. Respirava com um pouco mais de dificuldade, enquanto acariciava o abdômen e descia até seus quadris, apenas deslizando e sentindo a vida que fluía por seu corpo. Fechou os olhos, tentando se concentrar.

Vesti-la e cobri-la, pensou, abrindo os olhos novamente e observando o semblante sereno de sua prisioneira estimada. Com alguns panos, enrolou-a entre eles, tentando não se atentar aos detalhes de seu corpo jovial e não desviar sua atenção novamente para as palpitações de seu coração.

Delicadamente, repousou novamente o corpo dela sobre o leito e o cobriu. Olhou-a uma última vez aconchegada entre as cobertas, antes de desaparecer.
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Mensagem  Perséfone Qui Abr 12, 2012 10:28 pm

- Agora, ao seu castigo. - tremeu diante de tais palavras quando Hades lhe pegou no colo, levando de volta para o castelo.

Castigo? Nunca fora castigada na vida? E ela era uma imortal, tinha uma longa vida de imortalidade livre de castigos. Ela era a boa menina, que não fazia nada de errado. Não poderia ser castigada. Não podia!

Estava aos prantos muito antes de chegar ao castelo, com medo do que Hades tinha preparado pra ela. Afinal, ele tinha uma área inteira do submundo dedicada a tortura, ele devia conhecer bastante sobre o assunto, mas ela não, nem tinha interesse nisso.

Com calma, ele a acomodou em sua cama e, assim que o fez, ergueu uma das mãos em direção às portas e os trincos, quando se fecharem puderam ser ouvidos com nitidez.

Oh Deuses...seria agora...

Se encolheu ainda mais contra os lençóis. Tanto, que não devia passar de um emaranhado de roupas rasgadas e cabelos desarrumados. E não deveria ser uma visão muito agradável naquele momento, não que se importasse muito com isso.

-Hades, por favor...- resmungou baixinho. Mas ele não pareceu ouvir, ou se o fez, ignorou. Arriscou espiar com o conto dos olhos. Quão furioso ele estaria? Mas ao abri-los, ele não estava mais ali.

Franziu a testa. Sua punição seria ficar sozinha no quarto? Parecia bem leve para uma fuga.

Seu alivio não durou muito. Logo ele reapareceu, com algumas coisas na mão. E Perséfone voltou a se encolher contra os lençóis.

Ele iria torturá-la com aquilo?

Ele se aproximou, em silêncio. E seu silêncio era a pior tortura que estava tendo. Em sua cabeça arrumaria crueldades nos mais simples movimentos dele, até que realmente os fizesse.

Devagar, Hades sentou-se na cama. E por um momento achou que se coração tivesse falhado durante algumas batidas.

- Vamos ver onde se machucou. - disse com frieza, colocando as pernas dela sobre o seu colo, analisando seus pés.

Viu o mundo rodar. Fome, cansaço, medo, torturas psicológicas e sua imaginação fértil estava lhe deixando sem chão e com sua sanidade mental realmente questionável. Perguntava-se se ele iria se aproveitar de seus machucados para lhe castigar e se resignou a baixar os olhos para não ver o prazer de sua dor, estampado no rosto dele.

Mas seu toque, quando aconteceu, não foi cruel, nem abusivo e aquilo não parecia nada com o que tinha ouvido sobre castigos.

Levantou os olhos.

Hades estava sentado, limpando seus ferimentos, retirando o sangue e a sujeira de seus pés com todo o cuidado do mundo, como se ela fosse algo frágil, quebrável e precioso. E apesar de se espantar ou tentar afastar os pés quando lhe tocava em algum lugar dolorido, não conseguia fazer muito mais que isso, apenas observá-lo, aturdida com sua delicadeza.

A principio, realmente acreditou que ele iria maltratá-la, mas o vendo de perto, cuidado de seus ferimentos com tanto zelo e carinho, não conseguia imaginar como ele teria coragem de levantar a mão para feri-la.

Ele tinha se colocado entre aquele monstro e ela, arriscando a própria segurança. E agora, seu olhos refletiam uma dor que nem mesmo ela conseguia sentir.

- Porque seus ferimentos não cicatrizam como deveriam...? - ouviu Hades perguntou-se, enquanto passava a ponta dos dedos bem próximo de seus ferimentos, observando enquanto sangue lhe escorria pela sola dos pés. Ele suspirou e voltou a se ocupar com as ataduras.

Era inocência dele não saber o porque dos ferimentos não se fecharem. Até ela imaginava o porque. Era uma Deusa, é verdade, mas com tantos dias sem comer, começava a definhar. Seus poderes e seu corpo estavam fracos. Não iria se curar tão depressa, não até se fortalecer novamente. Mas não iria falar isso para ele.

Aos poucos, conforme percebia que ele não iria lhe fazer mal algum, sentiu seu corpo relaxar e protestar pelo o esforço do dia. Enquanto o observava trabalhando em seu ferimentos, foi se acomodando na cama, devagar. Primeiro um braço, logo o outro. Aos poucos, se deitou por completo. E os movimentos metódicos e firmes de Hades foram lhe hipnotizando, até que seus olhos estivessem pesados demais para que os mantivesse abertos.

Ele não iria machucá-la...e ela...ela realmente precisa dormir...pelo menos um pouco mais.

Foi seu último pensamento antes de apagar por completo.
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Mensagem  Hades Sex Abr 13, 2012 12:45 am

Fora com muito cuidado que tinha escolhido a comida dela aquele dia. Precisava convencê-la a comer, de qualquer maneira. De acordo com suas memórias, sabia perfeitamente as comidas prediletas dela e tinha que tentar tentá-la o melhor possível. A fome e a preferência pelas comidas poderiam torná-la mais suscetível...

E ela seria sua pela eternidade, pensou com certo júbilo, mas logo retornando ao pensamento primordial que era porque ela estava enfraquecida.

Já havia se passado três longos e trabalhosos dias desde que a tinha colocado de castigo, aprisionando-a em seu próprio quarto. Desde a chegada, talvez fizesse quase ou exata uma semana que encontrava-se sem comer e beber. Seus ferimentos cicatrizavam extremamente devagar e ela continuava a definhar numa velocidade alarmante.

Analisou a bandeja de prata que carregava, com as comidas dispostas. A única que permanecia igual em todas as refeições era uma Romã que lhe oferecia ao final de cada tentativa infrutífera de lhe fazer comer. Aquela... não seria diferente.

Respirou fundo, preparando-se para encarar uma das suas três visitas diárias ao quarto de Perséfone. Era claro que ele tinha muito mais coisas que fazer, ele precisava trabalhar em sua ideia, tida a apenas dois dias. Já tinha conseguido várias coisas, mas ainda rezava para que funcionasse.

Materializou-se no quarto dela, encontrando-a deitada no leito. Com os pés naquele estado, não conseguiria andar mesmo que desejasse.

- Hora de comer, Perséfone. - falou com calma, sentando na beira da cama novamente com a bandeja ainda em mãos.
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Mensagem  Perséfone Sex Abr 13, 2012 12:58 am

- Hora de comer, Perséfone.

Acordou com o chamado daquela voz cada vez mais familiar e se virou na cama, praguejando baixinho. Tentava dormir o máximo de horas possíveis, para enganar a fome, mas Hades fazia questão de lhe acordar toda a refeição e lhe lembrar de que estava em greve de fome. E isso estava piorando o seu humor cada vez mais.

Rolou sobre a barriga e colocou o travesseiro em cima da própria cabeça. Que a essa altura latejava com o simples farfalhar dos lençóis. Se fosse um mortal, teria morrido dias atrás, sem água ou comida. Como Deusa aguentaria um pouco mais, mas não tornava nada mais agradável.

Sua língua tinha a textura de lixa ha alguns dias. Seu estomago devia estar grudado com sua coluna ha essa altura do campeanado. Sua cabeça parecia desposta a explodir a qualquer momento com o mais simples barulho.

- Vá embora, Hades. - disse ainda debaixo dos travesseiros, odiando como sua boca estava seca e seus lábios trincados.
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Mensagem  Hades Sex Abr 13, 2012 1:16 am

Novamente, fazendo manha.

- Não me contrarie, Perséfone. - respondeu objetivo - Sabe que se não fizer por bem, fará por mal. Sempre é escolha sua sobre como deseja o meu humor. - advertiu-a, mais uma vez. Já havia perdido a conta de quantas vezes o fizera, mas era paciente, apesar de tudo. Esperaria o tempo que fosse preciso para ela gravar aquelas palavras em sua mente. - Agora, sente-se.

Ainda com a bandeja em mãos, permaneceu a observá-la, deitada de bruços e com a cabeça sob o travesseiro. Esperando para saber se teria de forçá-la a se sentar direito e o acompanhar para comer ou se ela o faria de boa vontade.
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Mensagem  Perséfone Sex Abr 13, 2012 1:44 am

- Não me contrarie, Perséfone. Sabe que se não fizer por bem, fará por mal. Sempre é escolha sua sobre como deseja o meu humor. Agora, sente-se.

Praguejando e reclamando em alto e bom som, obrigou seu corpo a se mover. Tudo parecia mais pesado desde que decidira começar a greve de fome. Seus braços e pernas pareciam feitos de chumbo e sua cabeça era pesada demais para seu pescoço aguentar.

Se moveu lentamente, não se importava que isso o irritasse. Poderia até fazer o que ele queria, mas levaria o tempo que precisasse pra isso.

Quando finalmente se sentou, encarou Hades, mau humorada, descabelada, muito provavelmente com a cara inchada de tanto dormir e com a debilidade pela falta de comida marcando seu rosto. Já não tinha mais prazer algum em parar na frente do espelho, com seus olhos ficando cada vez mais fundos e as quinas de seu corpo aparecendo, estava desgostosa demais com a própria apareceria para ter vontade de se arrumar.
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Mensagem  Hades Sex Abr 13, 2012 1:59 am

Observou-a a fazer o que tinha lhe ordenado de uma má vontade gigantesca, o que só lhe fez sorrir com a mimice dela. Não deveria estar sorrindo, sendo que ela encontrava-se em estado lastimável. Seus cabelos estavam desgrenhados, sem tratos, seu corpo emagrecia cada vez mais. Por fim, esperando-a pacientemente fazer toda a cerimônia e lhe encarar com aquele par de olhos ferozes e raivosos. Os finos braços se cruzaram sob o peito, demonstrando toda sua contrariedade infantil.

Sem parecer em nada abalado com toda a teatral cena de sentar-se, depositou a bandeja sobre um suporte feito de sombras logo a frente dela. Ergueu os olhos com um mínimo de esperança que a comida escolhida, no mínimo, a fizesse diminuir o mau-humor pelo cheiro agradável.

Sentia uma estranha e incomum sensação de medo, misturado a um suspense pela espera de uma reação satisfatória. Era algo tão contraditório... porque ele teria medo da reação de sua frágil Perséfone? Ela jamais lhe feriria, nem mesmo em sua melhor condição física, imaginava... então, não havia porque sentir medo... e também, esperava o que dela? Porque esperava a aceitação dela com tanto afinco?

Não compreendia, mas aquele sentimento era angustiante, queria sua reação imediata e saber lidar com aquilo.

- Achei que gostaria disso... - falou baixo, olhando novamente para a bandeja onde tinha tentado colocar todos os pratos prediletos dela que se lembrava.
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Mensagem  Perséfone Sex Abr 13, 2012 2:18 am

- Achei que gostaria disso... - falou baixo, olhando para a bandeja a sua frente. Perséfone acompanhou o olhar dele e se odiou por isso.

Na bandeia tinha vários de seus pratos prediletos. Sua carne favorita, com o molho que mais apreciava. Os acompanhamentos eram a combinação perfeita e do cálice podia sentir o cheiro do Néctar dos Deuses.

Oh Deuses, aquilo na tigela ao canto era Ambrosia?

Sentiu sua boca salivar e teve que fechá-la.

Se comesse apenas um pouco daquela Ambrosia, sentiria-se nova. Todo aquele mau estaria acabado e voltaria a ser a menina feliz que sempre fora. Não a mau humorada anorexa que estava se tornando.

Droga! Não devia sequer ter olhado para aquela bandeja.

Juntando todo seu auto controle, desviou o olhar e forçou-se a manter os olhos fechados para não ser tentada com aquela comida maravilhosa. Se pudesse, perderia a respiração também, porque o cheira a estava matando.

- Não tenho fome, Hades. - seu estomago se apressou em desmentir-lhe em alto e bom som, para o seu total constrangimento. E apesar de imaginar que seu rosto estivesse incrivelmente vermelho, se recusou a abrir os olhos.
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Mensagem  Hades Sex Abr 13, 2012 2:33 am

- Não tenho fome, Hades. - ouviu-a, apesar da nota contrariada de sua voz.

Sem contar seu estômago lhe delatando com afinco, protestando e exigindo que fosse preenchido. Ergueu os olhos e ela encostrava-se de lado, sem olhar para a bandeja. Mordia os finos e ressecados lábios como se estivesse forçando a boca a se manter fechada. Abraçava o próprio corpo com um pouco mais de força do que nos dias anteriores.

Seria uma reação positiva de que tinha acertado?

Pegou a ambrosia e uma colher. Levantou-se para se sentar do lado dela, ficando bem de frente ao seu rosto e lhe oferecendo.

- Só experimente. Você adora isso, não, pequena? - perguntou, com um pequeno sorriso de lado, enquanto pegava uma parte com a colher e aproximava dela.
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Mensagem  Perséfone Sex Abr 13, 2012 2:55 am

Ouviu um farfalhar de roupas e logo em seguida a voz dele, bem próxima de onde estava.

- Só experimente. Você adora isso, não, pequena? - perguntou, com voz mansa.

Perséfone abriu os olhos, pelo simples fato de seu corpo parecer gostar de trair-lhe quando mais precisava que se mantivesse firme.

Ela e sua terrível mania de não ignorar as pessoas. Um dia ainda se daria muito mal por isso.

Quando os abriu viu Hades sentado ao seu lado, bem de frente ao seu rosto e lhe oferecendo uma colher com um pouco de ambrosia.

Oh Deuses, porque ele estava fazendo isso com ela? Tudo já não era tentador o suficiente sozinho? Mordeu os lábios para que eles não a traíssem como os seu olhos, que por sinal, acabavam de selar seu destino como traidores, por recusarem-se a se desviar ou a se fechar diante da tentação.

- Oh Hades....por favor...- falou baixinho ainda encarando a colher que estava próxima a sua boca. - Isso é tão cruel...- finalmente conseguiu desviar os olhos da colher para o rosto dele - Sabe que não posso...- tinha uma suplica no olhar, implorando silenciosamente para que parasse com aquela tentação.
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Mensagem  Hades Sex Abr 13, 2012 10:44 am

Ela não conseguia ignorá-lo. Assim que falou, seus olhos abriram, deparando-se com a colher cheia de Ambrosia. Seus lindos olhos brilharam num desejo avassalador, enquanto seu corpo se encolhia, tentando evitar que acabasse caindo em tentação. Mordeu o lábio, ainda encarando a comida logo a frente e se afastando um pouco.

- Oh, Hades... Por favor... Isso é tão cruel... - ela ergueu os olhos para ele, implorativos - Sabe que não posso... - sua voz era chorosa e poderia visualizá-la lacrimejando dali a pouco.

Como negar-lhe aquilo?

Afastou o prato e a colher de perto dela, vendo o alívio percorrer o seu franzino corpo. Deveria insistir, você a quer e faria tudo para consegui-la, não era, Hades?, perguntou uma vozinha perversa em sua mente. A queria, muito, mas tampouco conseguia lhe recusar algum desejo e ainda dito com tanta súplica... desde que não fosse de encontro às proibições lhe impostas, lhe concederia tudo com seus pedidos.

- Porque não pode? - perguntou, por fim, depositando a comida sobre a bandeja.

Porém, antes de conseguir sua resposta, ouviu nitidamente os berros de Deméter.

- HADES! MEU IRMÃO! SEJA REALMENTE UM DEUS AO MENOS EM UM DIA E APAREÇA NA MINHA FRENTE! - era só o que lhe faltava aquele dia mesmo... receber a visita indesejada de sua irmã que promoveria o maior escândalo grego por ter-lhe tirado sua amada e sufocada filha de suas asas.

- Desculpe, minha querida... mas parece que tenho visitas. Voltarei o mais breve que puder. - falou com carinho, passando as mãos pelos cabelos desgrenhados e lhe dando um beijo na testa. Logo depois, desapareceu para ir de encontro a sua irmã.



Link de Continuação: https://refugio-meiosangue.forumeiros.com/t84-entrada-do-submundo#211
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Mensagem  Perséfone Dom Abr 15, 2012 5:51 pm

Hades afastou o prato e a colher de perto dela, parecendo resignado ao seu pedido, e o alivio que sentiu foi tão intenso que seu pequeno corpo tremeu. Quem diria que ele lhe acataria num único pedido. Talvez tivesse alguma influencia sobre ele...

Ah, mas era tão errado pensar assim. - se reprimiu com uma careta.

Mas, pelos Deuses, não aguentaria muito mais daquelas provocações. Estava fraca e cada vez mais tentada.

- Porque não pode? - perguntou, por fim, depositando a comida sobre a bandeja. Ele estava....triste? - Definitivamente não o entendia.

E porque não podia? Não era obvio? Não queria ficar presa ali pra sempre. Tinha casa para onde voltar. Uma mãe que se preocupava. Irmãos que amava. Por isso não podia ficar ali. Por isso não podia comer nada que lhe oferecia.

Arregalou os olhos diante da pergunta inesperada e abriu a boca, com o intuito de responde-lo quando escutou:

- HADES! MEU IRMÃO! SEJA REALMENTE UM DEUS AO MENOS EM UM DIA E APAREÇA NA MINHA FRENTE!

Uma onda de expectativa, amor e saudades tomou conta de seu corpo, num piscar de olhos, quando reconheceu aquela voz. Era sua mãe. Deméter. Deusa das Colheitas. Tinha vindo buscá-la. Finalmente. Oh, graças aos Deuses, voltaria ao Olimpo para junto de seus irmãos queridos.

- Desculpe, minha querida... mas parece que tenho visitas. Voltarei o mais breve que puder. - falou com carinho, passando as mãos pelos cabelos desgrenhados e lhe dando um beijo na testa. Perséfone tentou se levantar para pedir que a levasse com ele. Mas seu corpo, lento pela falta de alimentação, não respondeu a tempo o suficiente e Hades desapareceu bem na sua frente.

Depois, não ouviu mais nada. Apenas o silencio. O perturbador silencio que lhe afligia há dias, desde que chegara naquelas terras obscuras. Isso lhe apertou o peito. Não saber o que ocorria lá fora. O que ocorria com sua mãe...Não saber em quantos riscos ela estava se metendo por sua segurança. Sabia que não eram poucos, afinal, as próprias terras de Hades deveriam estar lhe fazendo incrivelmente mal. Mas sua mãe sempre fora uma guerreira, uma cabeça dura e uma protetora dedicada. Faria qualquer coisa por sua filha e isso só fazia com que temesse ainda mais por sua segurança.

Se levantou e foi até uma das janelas fechadas. Seus pés ainda não estavam totalmente curados, mas era o suficiente para ficar de pé. Forçou o trinco, mas este não abriu. Estava lacrada, ela sabia disso, mas mesmo assim, insistiu. Insistiu durante vários minutos, até seus braços doerem e sua visão ficar turva pelo cansaço.

Droga, agora se cansava a toa. Mais rápido que um simples mortal.

Se sentou no chão, sem forças para chega na cama.

Sua mãe estava tão perto, mas tão longe de seu alcance...se ao menos estivesse mais forte. Tivesse um pouquinho mais de energia. Poderia avisá-la que estava bem. Que a amava e que queria voltar pra casa.

Levantou os olhos pra ambrosia, pousada em cima da bandeja.

Se comece uma colherada, seria o suficiente pra conseguir escapar. - olhou em volta - Não tinha ninguém ali. Nunca saberiam que ela provou algo do submundo.

Aos poucos se esticou até a colher, largada de qualquer jeito na presa de Hades de deixar o aposento.

Uma colherada...era tudo que precisava e estaria livre... ninguém nunca saberia...
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Mensagem  Hades Dom Abr 15, 2012 6:09 pm

Materializou-se no quarto, como era de costume fazia três dias, já falando.

- Desculpe a interrup... - ele começou a falar e paralisou pouco depois, junto da fala e seu corpo.

Para a sua completa surpresa, notada apenas pelo ato de paralisar, flagrou Perséfone com a colher de ambrosia que a poucos minutos tinha lhe oferecido em mãos e já abria os lábios, para comê-la. Sensações diversas lhe percorreram o corpo neste momento que unidos consistiam em uma única palavra:

Triunfo.

Seus olhos vidraram na cena, esperando com expectativa o fechar de seus lábios sobre o alimento e, naquele simples ato, selar-lhe o destino.
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Mensagem  Perséfone Dom Abr 15, 2012 6:18 pm

Oh Deuses, tinha tanta fome que se estomago praticamente implorava para que acelerasse o processo. Apenas seu corpo debilitado que não permitia que fizesse essa tortura acabar ainda mais rápido.

Fechou os olhos, já imaginando o prazer que seria quando finalmente o colocasse na boca, lembrando de como a ambrosia derretia lentamente na língua, de como....

- Desculpe a interrup... - deu um pulo com a surpresa e se atrapalhou com a colher, derrubando ambrosia para todos os lados.

- Ah droga...- resmungou baixinho, olhando para o próprio vestido estragado.
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Mensagem  Hades Dom Abr 15, 2012 6:54 pm

Não passou instantes de sua fala e ambrosia era atirada para todos os lados, mas nenhuma para onde realmente queria que fosse. Maldição, se não tivesse falado assim que adentrou o aposento, ela iria finalmente cair em suas teias.

Agora, tudo o que podia fazer era limpar aquela terrível sujeira que Perséfone produzira no susto de ser flagrada.

- Perséfone, querida, se não queria que a visse comer, era apenas me dizer... faria com todo o prazer. - abriu um lindo sorriso, enquanto aproximava-se de onde ela havia caído com a ambrosia.

Ajoelhou-se perto dela, analisando a sujeira. Olhou para o seu rosto infantil, emagrecido pela recusa em comer.

- Melhor limpá-la antes de levá-la de volta para a cama, pequena. - comentou, aproximando-se do rosto dela - Não quer dormir toda suja, certo? - perguntou calmamente, com um sorriso de lado, aproximando-se cada vez mais. Até que chegou a uma pequena porção de Ambrosia que tinha caído ali, próximo dos lábios dela. Abraçando-a, para deixá-la sem reações, passou a ponta da língua sobre sua pele.

O sabor de sua pele era maravilhoso. Podia ouvir, em alguma parte, ela tentando falar algo entre gaguejos, mas não prestava atenção a nada, continuando. Quando afastou-se, suas maçãs do rosto ostentava uma cor vermelha que lhe acentuou ainda mais sua beleza infantil e tornando mais evidente de como era ingênua. Pegou com suavidade o braço que, antes, segurava a colher e o aproximou do próprio rosto, sem despregar os olhos de suas feições.

Seus movimentos não eram impedidos em nada, como se ela fosse uma frágil boneca de porcelana, obviamente fruto da timidez de sua ingenuidade. Com lentidão, passou a ponta da língua dedo por dedo, limpando calmamente a ambrosia de sua pele. Deslizou as mãos pelo braço, retirando calmamente a manga do lugar, para mostrar o braço.

- Hum, parece que terminei. - comentou, enquanto olhava para o outro braço, repousado frouxamente ao lado do corpo dela que parecia totalmente sem reações ao que fazia. - Vai precisar trocar de roupa. - com um movimento de mão, uma vestimenta negra e etérea tão parecida com a sua foi conjurada de suas mãos - Fique a vontade para se trocar. Eu terei de levar a comida de volta, pois vejo que já a está desperdiçando, ao invés de comendo...

Levantou-se, deixando a vestimenta sobre a cama e pegando a bandeja. Pouco depois, desapareceu num redemoinho de sombras.
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