Em busca de Athanasia

Trama: A escassez dos Rios
Status: RP Fechada
Data: 11/06 - Início da Noite
Local: Saguão do Altar
Participantes: Poseidon, Matthew Bringhamm, Helena Morgan, Amphitrite (se essa decidir fazer uma ponta).

Era assim que iria acontecer. A noite já começava a cair e eu esperava os dois semi-deuses chegarem, ainda sobre o disfarce de Percy estava sentado sob meu altar. Carregava em minhas costas uma lança e no meu braço esquerdo um escudo de prata, por mais que meu tridente e outros artefatos ainda permaneciam disfarçados como pingentes em meu pescoço.

- Amphie, não me olhe dessa maneira... – disse baixinho – Eu não vou deixar eles irem nessa missão suicida sozinhos. Além do mais seu pa...Oceanus está de amizades duvidosas. – disse encarando a estatua dela mas, no fundo, eu sabia que ela me observava. Era como se ela estivesse lá. (Se não estivesse)

Bufei lendo o bilhete mais uma vez, estava extremamente enfurecido por alguém ter tamanha ousadia, mortal ou não, isso teria volta.

Não demorou para a presença de semi-deuses ficar notável, mas continuei minha leitura sem me deixar abalar.

Narrador escreveu:O templo estava em silêncio, único som que cortava as vezes era o ruído da água a se movimentar. Aparentemente o Templo de Poseidon era o único lugar com água, porém ninguém ousara se quer pensar em retira-la ou bebê-la, essa era salgada tal qual o Mar Morto, o que não explicava os ocasionais peixes e outras criaturas que às vezes nadavam por tais águas.

A luz do céu e das tochas refletia na água dando um estranho efeito ao templo. Porém não foi difícil ver Percy sentado abaixo da monumental estatua de Poseidon, esse já parecia aguarda-los a um tempo.

Levantei o rosto e dei um meio sorriso vendo os dois se aproximarem. Guardei o bilhete no bolso da jaqueta e me levantei.

- Ainda a chance de mudarem de idéia. Depois que falarmos com ele – indiquei a estatua atrás de mim – Não terá mais volta.

Particularmente preferia ir sozinho nessa missão, não seria muito difícil dar um jeito de assumir a identidade de Matt e enganar quem é que estivesse nisso tudo. Por outro lado, poderia ver o quão preparado meus filhos estavam.

Era um lugar a céu aberto, parecido com uma arena gigantesca. Eu estava de pé. No fundo, grandes olhos negros brilhavam. Gotas de suor escorriam pelo meu rosto e caiam no chão. Olhei fixamente em direção aqueles grandes olhos. Pensei em partir para o ataque, mas eu parecia não ter controle sobre meu corpo, aquela coisa agora se aproximava de mim parecia querer meu sangue, comecei a sentir medo. Eu iria morrer.

Abri os olhos. Eu agora estava caida no chão, ao lado da minha cama. Para minha sorte aquilo tudo fora um sonho. Pensei em voltar para a cama e tentar saber o fim daquele pesadelo, mas meus planos foram interrompidos quando ouvi estranhos barulhos vindo da porta. Levantei-me rapidamente e virei para a porta, lá estava Matt me encarando. Eu tinha esquecido completamente que iriamos encontrar Percy no templo de Poseidon, mas eu precisava daquele cochilo.

- Matt, já vamos espera só mais dois minutos.

Dirigi-me até minha cama e puxei minhas armas que estavam em um armário em cima da mesma. De lá, retirei todos os presentes que os deuses me deram, eu já tinha deixado mais ou menos preparado tudo, era só pegar e partir. O chalé de Hermes estava bem cheio, mas todos se encontravam dormindo já que era noite, estava um silêncio tão grande que não se ouvia nem um alfinete caindo. Troquei de roupa, vestindo uma calça jeans, all star preto, uma camisa branca e uma jaqueta por cima.

Peguei o apito e pendurei em um cordão em meu pescoço, a aljava com as flechas pendurei em minhas costas, o cantil guardei no bolso da jaqueta, a adaga prendi em meu tornozelo e meu escudo e espada iriam em minhas mãos. Respirei fundo, sorri e deixei o chalé, indo a caminho de onde o Matt me esperava. Olhei para ele e disse.

- Estou pronta Matt, vamos?

Eu estava preocupada com toda aquela situação, eu nunca tinha participado de uma missão antes e essa era bem importante. Pelo ou menos para o Matt que descobriria seu verdadeiro pai. Andando ao lado de Matt eu cheguei até o templo de Poseidon. Agora não dá mais para voltar, pensei. Engoli em seco, o medo começava a tomar conta de mim. Nosso futuro iria ser decidido naquela missão, foi o que me deu animo para continuar.

Adentrando ao templo de Poseidon, vimos o menino Percy sentado embaixo da estatua do deus, o encarei e vi quando ele se levantou e veio em nossa direção dizendo.

- Ainda a chance de mudarem de idéia. Depois que falarmos com ele – indiquei a estatua atrás de mim – Não terá mais volta.

- Percy, não iremos mudar de ideia. - disse seguramente. - Estamos prontos, pode chamar por Poseidon. Estamos preparados pro que precisar. - respirei fundo e encarei a estatua.

Após se afastarem de Percy, Matt e Helena correram para o Chalé de Hermes. Ao entrarem, Matt correu para o quarto dos meninos na maior pressa do mundo e começou a pegar seus equipamentos: a réplica do escudo angelical da Deusa Afrodite, a espada abençoada pela Deusa Ártemis, os pacotes de bomba sônica e o arco dados pelo Deus Apolo, sua armadura e seu elmo. Após se equipar com tudo o que pertencia, correu para o quarto das meninas para buscar Helena.

- Matt, já vamos espera só mais dois minutos.

Ele sorriu e esperou por alguns instantes no batente da porta enquanto a companheira terminava de se arrumar.

- Estou pronta Matt, vamos?

- Vamos! - Respondeu, animado.

Os dois correram o máximo que as pernas os permitiram e entraram no Templo de Poseidon alguns minutos depois de terem deixado Percy perto dos rios. Matt acenou um "oi" e Percy começou a falar.

- Ainda a chance de mudarem de idéia. Depois que falarmos com ele, não terá mais volta.

Antes que Matt pudesse responder, Helena respondeu algo parecido com o que tinha se passado em sua mente.

- Percy, não iremos mudar de ideia. Estamos prontos, pode chamar por Poseidon. Estamos preparados pro que precisar.

- Exatamente. - Concordou. - Não vamos desistir, independente do que aconteça.

Matt estava sério e firme em sua decisão. Ficou calado, esperando Percy dizer algo ou simplesmente chamar o Deus dos Mares.

- O Senhor dos Mortos mandou uma ajuda também. - falou relativamente alto para ser ouvido. A atenção dos três foi logo para um homem que subia as escadarias do templo naquele momento.

Os olhos negros como abismos sem fundo encaravam os presentes um a um com indiferença e desdém. Os cabelos eram levemente compridos e pareciam ter sido cortados sem muito jeito ou esmero, como se simplesmente não tivesse a ferramenta adequada para tal serviço. Usava uma típica roupa de motoqueiro: calças de couro, jaqueta de couro e possuia até mesmo luvas com a parte dos dedos cortadas para ficar para fora.

Logo depois deu um sorriso forçado e sem vida para eles, tendo dado apenas uns poucos passos para dentro do templo.

- Desculpe a intromissão repentina... - sua voz contundente tinha se tornado muito mais suave naquele momento. - Mas, como servo de Hades, não posso desobedecê-lo. Não é como se ele fosse muito tolerante... - revirou os olhos - Ainda assim, agradeceria se a ajuda fosse aceita de bom grado. - olhou para cada um com falsa expectativa, ainda que bastante bem dissimulada.

- Percy, não iremos mudar de ideia. Estamos prontos, pode chamar por Poseidon. Estamos preparados pro que precisar.

- Exatamente. Não vamos desistir, independente do que aconteça.

Apesar de ainda incomodado a resposta de ambos não havia me surpreendido nem um pouco. Suspirei, caminhei para perto da estatua onde peguei um pequeno embrulho, estava prestes a entregar o que tinha, quando fui interrompido.

- O Senhor dos Mortos mandou uma ajuda também.

Olhei com a sobrancelha erguida para a figura que se aproximava. O que Hades estava aprontando dessa vez?

- Desculpe a intromissão repentina... Mas, como servo de Hades, não posso desobedecê-lo. Não é como se ele fosse muito tolerante... Ainda assim, agradeceria se a ajuda fosse aceita de bom grado.

- Um Sem-Alma. – murmurei bem baixo com certo nojo – Não vejo nenhum problema, se Hades deseja nos mandar essa benção...não sei porque nega-la – apesar que ele poderia me avisar que tinha isso em mente. Conversaria com ele depois de tudo isso...

Me aproximei de Matt e entreguei um pequeno doce em forma de cubo.

- Pediram para lhe entregar a isso, é melhor ingerir antes de irmos... – disse olhando para ele e sorrindo e depois olhando os demais.

Narrador escreveu:Ao ingerir tal doce Matt pode sentir o saber da coisa que mais lhe agradava, junto com essa sensação ele começava a se sentir mais revigorado.

Era como se tivesse acabado de acordar de um bom sono.

- Bem, se estão prontos...eu vou chama-lo – disse retirando a concha do bolso com um sorriso no rosto.

Particularmente, devo confessar que, enganar mortais era algo que me divertia e muito. Coloquei a concha sobre o altar de oferendas e me afastei alguns passos fazendo uma reverencia a minha estatua.

- Poseidon, Senhor dos Mares. Aqui estamos, trazemos a prova de vosso chamado e humildemente pedimos vossa ajuda para com essa missão... – disse ainda ajoelhado e de cabeça abaixada, segurando o riso - Estamos prontos para adquirir aquilo que nos pediu. – disse por fim me levantando.

Narrador escreveu:Um silêncio se seguiu, Percy apenas virou-se e olhou com uma cara de quem não entendia porque de tal, apenas voltou a encarar a estátua enquanto ajeitava melhor a lança nas costas e o escudo do braço.

Quando parecia que nada tinha surtido efeito um tremor abalou o templo.

- Semi-deuses que aqui se encontram. Eu ouço o suas aclamações, uma profecia lhes foi entregue e agradeço por terem aceitado de bom grado o meu chamado.

A voz ecoava como um mar revoltado em plena tempestade, a água das fontes que antes estavam paradas agora pareciam se agitar bruscamente.

- Estejam cientes que não há glorias ou louvor em tal trabalho. Mas uma necessidade para com todos.

Percy deu alguns passos para trás se aproximando dos demais.

- É agora. – comentou.

Dá fonte principal uma gigantesca torre de água se levantou com violência e como uma gigante onda no meio do mar ela avançou em direção ao grupo. A água bateu com força do corpo de todos fazendo-os girar em meio a toda aquela turbulência, era nítida a sensação da água os arrastando com tamanha facilidade.

Mesmo com toda a agitação da água um vulto humano pareceu estar imóvel em meio aquelas águas, era como uma sobra parada e tudo que se podia ver eram o brilho azul como olhos.

- Estarei aguardando pacientemente.

Foi o que se pode ouvir antes do vulto antes desse se dissolver nas águas que agora ficavam em um breu total, apenas deixando a agonizante sensação de ser arrastado para o fundo do mar.

Dali eles desaparecerem, sem vestígio ou qualquer coisa que indicasse que passaram por lá.

Continuação

Eu fiquei calada por um tempo. Prestando atenção em minha volta mas presa em meus pensamentos. Era uma situação completamente nova para mim, me sentia confusa. Despertei dos meus pensamentos quando vi alguém chegando, pervebi que ele e Percy ficaram conversando por minutos. Eu estava com um pouco de medo não iria me enganar. Será que iriamos conseguir ir até o fim da missão ou o que encontrariamos lá? Eram perguntas quem rondavam minha mente, mas elas não tinha respostas e eu tremia só em pensar o que iria acontecer. segurei a mão de Matt, ele sempre me passava confiança.

Olhei em minha volta tudo estava tão dificil. A missão iria iniciar é agora não tinha mais volta, pensei. Encarei Percy quando ele deu um doce para o Matt comer, o porque daquilo ele não disse. Minutos depois ele já estava chamando Poseidon, segurava a mão de Matt mais firmemente. Poseidon não me dava medo, eu só não gostava da ideia de ficar na frente de um dos três grandes.

- Poseidon, Senhor dos Mares. Aqui estamos, trazemos a prova de vosso chamado e humildemente pedimos vossa ajuda para com essa missão... – disse ainda ajoelhado e de cabeça abaixada, segurando o riso - Estamos prontos para adquirir aquilo que nos pediu. – disse por fim me levantando.

Um silêncio se seguiu, eu olhei para os outros dois semi-deusescom uma cara de que não entendia o que se passava. Encarei a estatua quando uma voz forte veio dela.

- Semi-deuses que aqui se encontram. Eu ouço o suas aclamações, uma profecia lhes foi entregue e agradeço por terem aceitado de bom grado o meu chamado.

A voz ecoava por todo o templo. Sempre sonhei com Poseidon e sempre imaginei como ele seria, e incrivelmente sua voz era como eu imaginava, forte como uma tempestade em alta mar. Como eu queria poder ver Poseidon e saber se ele era como eu imaginava. Nesse momento senti uma ligação tão forte. Deixando isso meio de lado, voltei a encarar a estatua e ouvir atentamente tudo o que ele dizia.

- Estejam cientes que não há glorias ou louvor em tal trabalho. Mas uma necessidade para com todos.

- É agora. – Percy disse.

- Sinceramente não sei. Vamos ver. - respondi.

Dá fonte principal uma gigantesca torre de água se levantou com violência e como uma gigante onda no meio do mar ela avançou em nossa direção. A água bateu com força em nossos corpos fazendo-nos girar em meio a toda aquela turbulência, era incrivel como a água nos transportava com facilidade. Alguém disse alguma coisa conosco mas eu não prestei atenção. Eu estava agoniada, a minha sensação era de ser arrastada para o fundo do mar.

Minutos depois eu abri meus olhos e nós estavamos em um lugar totalmente diferente. Me sentia perdida, respirei fundo várias vezes para tentar me acalmar e recuperar o ar. Olhei ao redor o lugar em que estavamos era tão luminoso. Não me encontrava molhada era estranho depois que aquela quantidade de água havia avanaçado para cima de nós, o máximo que deveria acontecer e eu estar toda molhada. Fiquei encarando meus companheiros e pensando o que seria deles dali para frente.

Matt esperava uma resposta de Percy, quando foram interrompidos por uma pessoa curiosamente estranha.

- O Senhor dos Mortos mandou uma ajuda também.

Matt sentiu um arrepio ao olhar o rapaz. Ele não poderia explicar se era por ele ou pela menção do Senhor dos Mortos.

- Desculpe a intromissão repentina... Mas, como servo de Hades, não posso desobedecê-lo. Não é como se ele fosse muito tolerante... Ainda assim, agradeceria se a ajuda fosse aceita de bom grado.

- Não vejo nenhum problema, se Hades deseja nos mandar essa benção...não sei porque nega-la.

Dito isso, Percy se voltou para Matt, o que o surpreendeu momentaneamente, pois ainda estava ligeiramente nervoso com a presença do outro rapaz que nem se apresentara para ele e Helena. Percy estendeu um pequeno cubo para ele.

- Pediram para lhe entregar a isso, é melhor ingerir antes de irmos...

Obediente, Matt abriu o pacote e comeu o conteúdo. Era doce e bom, além de deixá-lo se sentindo estranho a princípio, depois começou a se sentir extremamente bem, a ponto de poder correr por horas sem cansar ou simplesmente ficar horas sem dormir.

- Bem, se estão prontos...eu vou chama-lo. Poseidon, Senhor dos Mares. Aqui estamos, trazemos a prova de vosso chamado e humildemente pedimos vossa ajuda para com essa missão... Estamos prontos para adquirir aquilo que nos pediu.

Matt aguardou, ansioso, segurando firmemente a mão de Helena. O silêncio perdurou por um longo tempo até, de repente, uma voz ecoar, firme e aparentemente poderosa.

- Semi-deuses que aqui se encontram. Eu ouço o suas aclamações, uma profecia lhes foi entregue e agradeço por terem aceitado de bom grado o meu chamado. Estejam cientes que não há glorias ou louvor em tal trabalho. Mas uma necessidade para com todos.

- É agora. - Disse Percy.