Treino Conjunto- Jackeline Elldir e Aurélio G. Lanivroc

Depois de uma ótima noite de sono, após ter chegado no acampamento igual uma foragida de um monte de monstros, Jackeline estava muito disposta. Sentia estralar cada membro do corpo conforme se alongava. Tinha essa mania desde pequena por alguma razão. Sabia que aquilo parecia melhorar a flexibilidade de seus movimentos e tornava mais fácil... 'aliviar' os bolsos.

Agora, o que iria fazer ali? Sabia que tinha ganho uns presentes legais de seu pai, mas ainda não queria saber como funcionavam realmente, queria fazer algo emocionante, como tinha ocorrido em seu último dia em Londres. Perguntou onde poderia conseguir isso com um de seus meio-irmãos - era estranho descobrir que tinha uma família gigantesca do nada, mas é a vida, né? - e eles lhe informaram a Arena de Treinos. Lá devia ser um lugar tranquilo aquela hora da manhã, quando ainda tinha uma pequena neblina e o sol ainda amanhecia, espantando a noite.

Ninguém devia estar por lá, enrolados em suas mantas e cobertores quentes. Correu até lá embaixo para testar suas adagas novas e derrapou pouco antes de chegar. Um outro dos tantos colegas estava lá embaixo, também treinando. Não o reconhecia, devia ser de outro Chalé. Devia ser um filho de Apollo, os caras dos arco e flechas. Ele parecia centrado enquanto mirava os alvos mesmo com aquela dificuldade de visualizar o alvo. Quanta... concentração.

Sua mente já podia imaginar a facilidade com que faria o roubo. Com passos de gato, aproximou-se do menino, tomando extremo cuidado onde pisava e como pisava e foi seguindo até as costas dele. Assim que ficou logo atrás dele, suas mãos foram até os bolsos sem pudor algum e com uma cautela e sangue-frio incríveis. Anos de prática, baby!

Era só retirar e poderia ver algumas moedas em suas mãos.

Eu adorava a madrugada. A escuridão as sombras sempre foram o melhor lugar para mim, onde eu me sentia mais confortável então cá estava eu treinando um bom tempo com meu arco. Ok vocês podem até estranhar eu ser um filho de Hades e lutar usando arco mas aquela sempre fora minha arma favorita mesmo sendo coisa de filho de Apollo mas aquele arco especificadamente havia sido um presente de meu pai e era realmente especial para mim, virava meu arco para os alvos e começava a abater um por um, mas quando puxo meu braço para trás para carregar mais uma flecha quando meu braço bateu em algo duro olhei para trás e vi uma garota abaixada com a mão dentro de meu bolso, olho espantado para ela e viro com meu arco armado

-Hey o que diabos em nome de Hades você pensa que tá fazendo ?

Olho espantado para a cara de pau da garota, era uma menina magra, ágil, com cabelos pretos compridos e olhos verdes como os de um gato esperto, e uma cara de quem poderia me limpar em 5 minutos, o que alias ela tava fazendo. Ela poderia ser bonita; Se não estivesse tentando me roubar. Não era difícil perceber como ela havia chegado até mim. só se esgueirando pelas sombras matutinas que ainda se alongavam pelo chão, mas, o que me surpreendia realmente era o silencio que ela havia chego e a cara de pau dela de roubar com a mão no bolso na cara dura. Olho feio para ela e aponto meu arco para seus pés

- Ok nem mais um passo ou eu te prego no chão, agora tira a mão do meu bolso levanta devagar me devolve meus dracmas e diz quem é você.

Ainda olhando feio para ela mas era inevitável que um pequeno repuxo de sorriso corresse minha boca diante a admiração pela a ousadia dela

Sentiu uma cotovelada na orelha e tudo que pensou foi algo entre xingamentos, dor, confusão e que ela estava ferrada. O garoto se virou numa velocidade realmente surpreender para ela, com uma flecha negra, tão negra que não parecia ter contornos naquela manhã que clareava vagarosamente.

Sua mão ainda permanecia no bolso da frente do jeans dele e seus joelhos flexionados para manter-se mais baixa e mais furtiva no meio da neblina, mas agora não havia neblina alguma e nem empecilho. Os olhos dele a encararam fundo, ainda espantados, como se ela fosse uma sombra - não podia culpá-lo, se o plano desse certo, ele nem saberia que ela tinha passado por lá. Devia ter calculado melhor quando ele tentaria outra flechada ou se abaixado mais um pouquinho.

- Hey, o que diabos, em nome de Hades, você pensa que tá fazendo? - ele logo perguntou num ato meio automático, enquanto tinha uma flecha apontada direto pro seu ombro, poucos milímetros para pegar algo sério como seu coração. Nada agradável. Como se percebesse isso, ele decidiu abaixar a ponta da flecha já posicionada para ser lançada pelo arco pro seu pé direito. - Ok, nem mais um passo ou eu te prego no chão. Agora tira a mão do meu bolso, levanta devagar, me devolve meus dracmas e diz quem é você. - ele ordenou com expressões comuns a suas vítimas: testas franzidas, olhares duros e com ar de pouca paciência.

Maldito cotovelo.

Com vagar, começou a deslizar a mão do bolso dele, de onde retirou em torno de cinco dracmas. Mantinha as mãos visíveis e somente seu braço se movia, o resto permanecia imóvel como uma estátua. Anos de prática, como já informado. Seus olhos atentos perceberam que havia uma ruguinha no canto dos lábios que não deveria estar ali. Levantou-se, ajeitando sua postura e era perceptível a diferença de altura. Para ela, ele era um gigante. Bem, ela era baixinha por natureza, só um metro e cinquenta não faz ninguém um monstro assustador, mas faz-se bem esquivo e furtivo. Com um pouco de mau-humor, estendeu os cinco dracmas para ele.

- Jackeline Elldir. - murmurou de ligeiro mau-humor - Agora tem como apontar essa flecha pra outro lugar, além de mim? Não gosto de coisas pontiagudas viradas pra mim.

Ainda olhava espantado para a garota por sua astucia, mas pego os 5 dracmas, realmente não era lá uma grande fortuna mas ainda assim eram meus. A garota parecia decepcionada pelo meu lapso de sorte e o seu de azar no qual meu cotovelo havia batido em seu rosto, eu seguia com minha flecha apontada para seu pé quando ela finalmente decidiu falar ou rosnar devido a sua raiva
- Jackeline Elldir. Agora tem como apontar essa flecha pra outro lugar, além de mim? Não gosto de coisas pontiagudas viradas pra mim.

Baixo um pouco minha flecha mas não a desarmo pronto pra qualquer movimento dela e digo com um pequeno sorriso teimoso brotando no rosto agora

-Muito bem Srta. Elldir, você não gosta de coisas pontiagudas apontadas para você e eu não gosto que tentem me roubar então acho que empatamos.

Agora que o susto havia passado eu entendia o porque ela era depende do seu talento de se mover silenciosa pois em uma luta corpo a corpo ela não seria grande páreo devido a sua altura, mas ainda assim eu havia aprendido que os guerreiros mais baixinhos eram geralmente os mais rápidos e mais teimosos também. Aquela garota tinha um sorriso tremulo e um olhar maroto de quem poderia limpar meus bolsos a qualquer segundo -Hermes.- Murmurei baixo, ainda segurando meu arco ao lado do corpo mas sem desarma-lo de jeito algum olho para seu brilho travesso no olhar e digo

-Ok Srta Elldir, agora dá pra me explicar pelo amor das calças de Zeus o por que você queria me limpar ?

Percebi como aquilo havia soado estupido era obvio que ela não tinha nada pessoal contra mim apenas queria meu ouro e me achou com cara de vitima em potencial. Ok agora eu tinha ficado ofendido.

-Ou melhor dizendo.. o que você pretendia com isso, alem de deixar meus bolsos mais leves claro.

A flecha abaixou, para um pouco de conforto para Jackeline. Seus preciosos pés eram necessários para suas fugas estratégicas. Ainda assim, ia ser difícil de fugir com o arco ainda armado e pronto para atirar. Não sabia o quão preciso ele era com aquela arma para se atrever a fugir.

- Muito bem, Srta. Elldir, você não gosta de coisas pontiagudas apontadas para você e eu não gosto que tentem me roubar então acho que empatamos. - fazia sentido. Apesar que aquela frase lhe deixou encucada... alguém gostava de ser roubado? - Ok, Srta Elldir, agora dá pra me explicar, pelo amor das calças de Zeus, o por que você queria me limpar? - ele retornou a falar, retirando-a dos seus devaneios. Abriu um sorriso travesso e um olharzinho divertido, como se isso já pudesse respondê-lo. Ele fechou mais a cara - Ou melhor dizendo... o que você pretendia com isso, além de deixar meus bolsos mais leves claro.

Cruzou os braços, dando de ombros.

- Na verdade, eu vim aqui para saber como usar isso. - com uma rapidez e destreza quase não-visível a olho nu, ela retirou uma das adagas do cinto numa agilidade incrível. Depois girou-a nos dedos da mão, como se elas fossem só mais uma das moedas que surrupiava por ai - Só sei usar pra arrombar cofres, portas, janelas... essas coisas. - pela parte da lâmina, mantendo-a segura com a pressão de dois dedos, ela jogou para cima, sem parecer nem ver, a adaga girando perigosamente, e ela retornando a pegar pela lâmina sem preocupação alguma, como se ela nem tivesse sido jogada. - Mas parece que tem coisas querendo me matar lá fora... acho que seria interessante saber usar para um ataque. Ok, agora que estamos quites, qual é o seu nome? É irmão daqueles engomadinhos dos arco e flechas? - desvirando a adaga na mão para pegá-la pelo cabo, indicou o Chalé de Apollo com a adaga.

A garota começou a girar a adaga numa velocidade impressionante e fiquei com medo do que ela poderia fazer com uma arma daquela em uma mão tão habil e rápida quando se tratava de deixar os bolsos de alguém mais leves. Ela começa a falar e dou uma risada curta

-É realmente tem vários... bichos feios, lá fora que adorariam nos transformar em almoço então sim é uma boa ideia aprender a se defender só que um pequeno aviso na próxima vez só venha treinar invés de tentar... roubar o pessoal que estiver aqui sabe.

Dei um sorriso rígido para ela enquanto desarmava meu arco fazendo a flecha de sombras desaparecer e segurando ao lado do corpo

-Ok, agora que estamos quites, qual é o seu nome? É irmão daqueles engomadinhos dos arco e flechas?

Olhei para ela com um sorriso cortado meio divertido e meio sinistro

-Eu sou Aurélio Grand Lanivroc, -Dei mais uma risada -Apollo ? Nãoo, eu sou filho do cara lá do andar de baixo meu pai é Hades. O Deus dos mortos, o arco eu uso por gosto... foi um presente de meu pai durante minha missão mas não é um arco normal. É um arco das trevas abençoado por Apollo e Ártemis os gêmeos arqueiros, banhado nas águas do rio Lete, cujas flechas nunca acabam assim como as sombras provenientes do mundo inferior.

Dou uma olhada com carinho para meu arco, era um dos meus orgulhos e decididamente a arma que eu mais gostava de lutar

Sabe aquela nítida sensação de que está na companhia de um cara que não faz ideia de como interpretar e ele ainda lhe dá um sorriso totalmente indecifrável se está achando graça do que fala ou se ele está planejando um assassinato a sangue?

Bem, é algo parecido com isso que Jackeline estava sentindo e é garantido: ela não se sentiu nem um mínimo confortável. Porém, ele respondeu com uma voz de diversão o que era um alívio. Ao menos a opção de que ele estava tentando um método ideal de matá-la não era.

- Eu sou Aurélio Grand Lanivroc. - logo depois ele deu uma olhada para onde apontava a adaga e soltou uma risada que ecoou. A neblina já tinha quase sumido aquela hora - Apollo? Não, eu sou filho do cara lá do andar de baixo - ele deve ter percebido a cara interrogativa de Jackeline, pois acrescentou - meu pai é Hades, o Deus dos Mortos. O arco eu uso por gosto... foi um presente de meu pai durante minha missão, mas não é um arco normal. É um Arco das Trevas, abençoado por Apollo e Ártemis, os gêmeos arqueiros, banhado nas águas do rio Lete, cujas flechas nunca acabam assim como as sombras provenientes do mundo inferior. - ele explicou quase cientificamente sobre a arma que ele utilizava e ela observou atentamente o objeto.

Do jeito que ele o descrevia, devia ser valioso. A madeira, feita de ébano, possuía rebites prateados em sua extensão e parecia bastante flexível. Agora ela entendia o motivo da flecha ter desaparecido quando ele deixou o arco relaxado. Devia ser bem útil.

- Oh, você é o cara das caveiras e das alminhas? - perguntou interessada, logo depois se aproximando, olhando para os lados como se fossem vigiados. - Tem muitos mortos vagando por aqui? Você pode vê-los? - ela perguntou de modo cúmplice e até meio inocentemente.

Apesar de ter relaxado eu ainda não confiava nessa garota que havia acabado de tentar me roubar, ela deu uma olhada no meu arco e meio que sem querer segurei ele mais firmemente como se tivesse medo que ela pudesse pega-lo e sair correndo, o sol saia pra valer agora começando a esquentar a manhã de modo que quando ela chega mais perto de mim me sento em um montinho a sombra de uma arvore baixa.

- Oh, você é o cara das caveiras e das alminhas? Tem muitos mortos vagando por aqui? Você pode vê-los? - ela perguntou de modo cúmplice e até meio inocentemente.

Dei uma risada pra valer, mas uma risada gostosa daquelas que não saem todo dia, olhei pra cara dela ainda chorando de rir

-Cara das alminhas ? Dei uma gargalhada - É pode assim se dizer, meu pai cuida de "alminhas" e almonas. dei um olhar divertido pra ela - Quanto aos mortos não tem nenhum por aqui... Você os veria mas não precisa ter medo eles não vão te fazer mal, se você não escutar seus conselhos obvio.

Me espalhei um pouco mais na grama e olhei pra ela com um sorriso

-Então você é filha de Hermes Srta Elldir ? Estrague um pouco a grama ai trombadinha e me conta sua historia de como você se meteu nessa roubada de tentar roubar as pessoas erradas e ser vista como um petisco para monstros.

Me mexo um pouco na grama, as ultimas sombras matutinas pareciam que vinha até mim e se grudavam o que pode ser realmente irritante principalmente quando grudam nos lugares errados e fazem parecer que você molhou as calças.

O garoto, por sinal, parecia bem estranho, quando sentou-se na grama, ali perto de uma árvore. Ele parecia ter uma aura escura em volta dele natural e parecia atrair ainda mais sombras ao redor para ele. Ele era bem dark sem precisar de muito esforço. Ah, mas ele era legal quando estava rindo, no fim das contas.

- Cara das alminhas? É, pode assim se dizer, meu pai cuida de "alminhas" e "almonas". - seus olhos demonstravam o quanto se divertia com a ingenuidade dela - Quanto aos mortos não tem nenhum por aqui... Você os veria, mas não precisa ter medo. Eles não vão te fazer mal, se você não escutar seus conselhos, óbvio.

- Ah, entendo. - então ela podia anotar: o papai dele não deixava nenhuma alminha sair do reino dele.

- Então, você é filha de Hermes, Srta Elldir? - ele perguntou e, depois, convidou-a a sentar ali com ele - Estrague um pouco a grama ai, trombadinha, e me conta sua historia de como você se meteu nessa roubada de tentar roubar as pessoas erradas e ser vista como um petisco para monstros.

- Então tá. - respondeu com naturalidade, dando de ombros e deitando na grama - Sou filha de Hermes e eu gosto de deixar bolsos leves, porque é divertido. Faço isso desde que me lembro, porque sempre vivi nas ruas de Londres. Bem, quando eu tava com uns dez anos, eu acho, comecei a achar que minha reputação tava ficando feia por lá... dai, no dia que eu escolhi pra fazer doze anos de idade, começou a aparecer uns guardas que não estavam pra brincadeira. - cruzou os braços ofendida. - Então eu descobri que eles eram umas cobras com espadas e que queriam me matar de todo jeito. Brine me trouxe pra cá o mais rápido possível, depois de eu ter dado uma pirueta no ar e matado o guarda. Wow, foi divertido, sabe?! Queria fazer de novo aquilo! Parece que foi no dia anterior que fiz... ah, espere, foi mesmo! - ela riu com o pensamento, mas logo depois ela se deu conta: como que ele sabia que ela era filha de Hermes?

Ele tinha acertado tão na mosca.

- Hey, como deduziu com tanta naturalidade que eu era filha de Hermes? - perguntou interessada.

Eu olhei pra ela meio espantado e meio hilariado e me virei na arvore para arrumar melhor minha coluna antes que ela se parti-se, solto uma risada a olhando com uma expressão de real curiosidade, a garota parecia ser mesmo ingenua, mas, não o tanto que ele esperava pois alguém que quase tirara seu suado ourinho não poderia ser lá tão ingenuo.

-Você tá falando sério ? Ela me olhava com uma cara de duvida -Cara você acaba de limpar meus bolsos em menos de um minuto e se não fosse pelo puro acaso eu nem teria notado, só uma filha de Hermes poderia ser tão rápida, silenciosa e - Dou uma pequena risada - Trombadinha.

Me sento mais reto com meu arco batendo ao lado do corpo, embora estivesse encharcado de suor ainda queria treinar mais um pouco e o sol estava começando a incomodar esquentando demais com aqueles primeiros raios, me arrumo um pouco mais na sombra ainda com um pequeno sorriso só que espantado com a garota

Ela o observou com interesse, analisando o que ele tinha falado. Não sabia se ele estava dizendo que a reputação dos filhos de Hermes era muito suja ou se era algo normal deles fazer isso. Sabia que os Deuses tinham... como explicar? Aquele negócio, como o pai do menino ser o 'cara do andar debaixo'.

Mas seriamente não lembrava o que seu pai fazia ou 'regia'. Poderia ser que seu gosto pelos roubos eram por causa disso?

- Meu pai é Deus dos Trombadinhas? - perguntou por fim, ainda incerta. Eram poucos Deuses que tinha decorado sobre o que faziam. De verdade, nenhum, mas ninguém precisava saber disso. Só sabia que os de Apollo eram os flecheiros, os de Afrodite eram as patricinhas, os de Deméter eram jardineiros e, pelo visto, de Hermes eram os trombadinhas. Ah, sim, Ares os briguentos e os de Athena os com cara de sabichões. Mas o restante...

Eu estava encostado um pouco mais relaxado afinal pelo menos parecia que a garota agora não seria uma ameaça tão iminente, caso ela fosse uma ameaça lógico que naquele momento ela estava muito mais parecendo uma curiosa do que uma garota prestes a me matar mas eu já havia visto a velocidade dela então não estava muito afim de vacilar de novo, vai que aquela filhote de The Flash resolve me atacar e eu não tenho a mesma sorte da ultima vez ? Ela me olha com uma cara de curiosa meio confusa

- Meu pai é Deus dos Trombadinhas?

Penso um pouco tentando responder da maneira mais sucinta e menos agressiva o possível

-Bem... Hermes é o Deus de muitas coisas... dos viajantes, dos médicos, dos comerciantes, enfim de ele é o patrono de todos que usam as estradas.. inclusive sim dos ladrões. Dou um pequeno sorriso. -Talvez isso explique o porque eu saquei logo de cara de quem você é filha.

Me levantei e comecei a me esticar um pouco e me aquecer deixando os raios de sol baterem em mim e tiro meu arco começando a esticar sua corda produzindo flechas sombrias

-Mas então você não veio aqui treinar ?