Reclamação de Ártemis : Sete, a primeira caçadora

Status: RP Aberta
Data de Início: 16/04/12
Local: -

Sete chegou no acampamento fazia algumas horas. Foi deixada lá pelo seu tutor após uma breve explicação do que viria pela frente. Disse-lhe ele para que arrumasse uma mala e que poderia levar Titã, seu lobo selvagem consigo. Eles estavam com muita pressa, logo ela não teve tempo para se despedir da sua casa, colocou alguns jeans e mais umas peças de roupa avulsas na mala e pegou alguns acessórios do lobo. Depois disso foi entrar no carro e dar uma última e rápida olhada na casa.

Assim que chegou ao acampamento, conheceu por alto os lugares que frequentaria de agora em diante, deixou as malas (bem fechadas e vigiadas de perto por Titã) no Chalé de Hermes e seguiu para o Pavilhão de Jantar com alguns dos filhos de Hermes, se juntando aos filhos de outros Deuses que já haviam chegado.

Com seu prato na mão, Sete observou que todas as crianças jogavam parte da sua comida no fogo e murmuravam alguma coisa na qual ela não conseguia ouvir. Resolveu que estava com muita fome pra jogar parte da comida fora e já ia se esgueirando para a mesa de Hermes quando uma menina a segurou pelo braço.

- Você é nova por aqui né? - Disse ela com uma expressão um pouco entediada. Sete soltou seu braço das mãos da garota e respondeu que sim. - Então, tá vendo o que todos estão fazendo? Vá e faça o mesmo! Deve-se oferecer um naco da sua comida para os Deuses, principalmente para o seu pai ou mãe, mas tem que ser uma parte boa da comida, não vai querer despertar a ira deles... - E despareceu do mesmo modo como surgiu, do nada.

Sete entrou em desespero, o que deveria dizer ? A fila ia andando e ela cada vez mais perto do fogo chegava. Por fim ouviu o garotinho que estava na sua frente dizer "Ares" enquanto jogava um bife enorme e sangrento no fogo. Agora era a vez dela, respirou fundo, pegou algumas tiras de bacon e atirou ao fogo e apenas disse:

-Ártemis! - Disse ela um pouso surpresa...

E ai, do meio do fogo surge uma lua, cheia, magnífica. Titã uivava, ela percebeu. Olhou em volta mas ninguém estava dando importância para o que estava ocorrendo. Então, alguém bufou impacientemente atrás dela e a Caçadora seguiu solitária para sua mesa.

Sete já estava terminando a sobremesa quando Titã levantou sua cabeça farejando o ar desconfiado. Ela parou o garfo no meio do caminho, entre o prato e a boca e observou com o canto do olho uma garota se aproximando. Abocanhou o morango que estava preso no garfo e se virou para ver se era uma nova caçadora que iria se juntar a ela naquela mesa vazia.

Porém, quando a garota sentou-se ao seu lado, observou que não era uma garota comum mas não teve como pensar em mais nada pois ela disparou a falar:

-- Olá ! sou Urânia , rainha das ninfas por aqui ! , cuido da floresta e dos bosques de todo o acampamento e do olimpo ... e você é nova por aqui, né ?

Hmmm, uma Ninfa! Pensou Arya, e então lembrou-se que ninfas eram espíritos da natureza ou algo assim. Ela não me parece bem um espírito...
E deparou-se encarando a Ninfa Urânia, enquanto estava enrolada com seus pensamentos.

- Ah, eh, sim! Cheguei hoje mais cedo. Me chamo Arya Sete, mas gosto que me chamem de Sete. Acabei de ser reclamada Caçadora, acho que já poderei ir para o Chalé de Ártemis, né?

Respondeu Arya tentando não parecer um pouco confusa com o acampamento ainda.

Arya achou a Ninfa um pouco estranha, mas nada disse, ela a observava com certa curiosidade então deduziu que ela era tão nova para Urânia quanto a rainha das ninfas era para Arya. As duas ficaram em silencio por alguns breves minutos. Arya sentada observando os métodos da Ninfa que não parava quieta. Por fim disse:

- Oh querida, claro que já pode ! aposto que sua Ártemis ja preparou tudo para você em seu chalé - Visualizei a cara de apovo da garota, logo continuei- Não se assuste comigo, eu só tenho alguns mil anos ... nada de rugas e de pontas duplas, só minhas asas estão um pouco gastas, mais enfim, quer que eu lhe guie até seu chalé ? é perto do meu bosque !- Disse com um imenso sorriso no rosto.


Mil anos? Rugas? Asas? Sete preferiu não aprofundar a conversa com as milhões de perguntas que surgiam na sua mente, procuraria uma biblioteca depois. Estava cansada, sentindo-se um pouco deslocada, sentia falta de sua casa e de Hércules, seu tutor que a deixara ali algumas horas. A única coisa que a fazia se sentir mais segura era a presença de Titã, que parecia entediado coma tagarelice da Ninfa. Arya coçou atrás de suas orelhas e se levantou...

- Adoraria tê-la como guia! - disse a Urânia. - Vem Titã!

E o grande logo selvagem, negro e brilhoso como uma pedra de ônix correu atrás de sua dona, fazendo os campistas sairem assustados do seu caminho e fazendo até uma garotinha soltar um gritinho de susto. Arya sorriu pelo canto da boca. Diversão, pelo menos, parecia que não ia faltar.