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Aposentos de Perséfone

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Aposentos de Perséfone - Página 3 Empty Re: Aposentos de Perséfone

Mensagem  Hades Qui maio 03, 2012 7:49 pm

Demorou algum tempo para voltar ao quarto, quando julgou que ela já teria terminado seu banho para ajeitá-la na cama. Porém, ao chegar no aposento, encontrou-a imunda, encolhida em cima das cobertas e dormindo pesadamente sobre o leito.

Olhou com reprovação e uma pontada de ira por ter sido desobedecido, mas não havia o que fazer agora. Não iria deixá-la dormir imunda e, agora também, em lençóis imundos. Com paciência, pegou-a nos braços e retornou com ela até o banheiro e depositou seu corpo magro - ainda que bem melhor nutrido do que no dia anterior - na banheira.

Endireitando o corpo, ergueu sua sombra, que tinha dispensado no meio do caminho até lá, para ir arrumar novos lençóis e cobertas para ela dormir. Assim que saiu, retirou seu Manto Negro, depositando-o nos cabides de toalhas ali perto. Não queria que isso atrapalhasse em sua tarefa de banhá-la, principalmente porque não queria molhar nenhuma de suas roupas. Por baixo de seu manto, trajava apenas uma camisa social de manga longa e uma calça, também social, toda negra. Eram tecidos leves e confortáveis, sem muitos adornos.

Não precisava de milhares de apetrechos para chamar a atenção, principalmente de quem gostaria. Sabia manipular e dissimular facilmente numa personalidade carismática e chamativa quando queria, o que lhe dava uma certa satisfação de saber que podia controlar quantos quisesse. Sempre lhe satisfazia possuir o controle e percebê-lo.

Ajoelhou-se ao lado da banheira, dobrando metodicamente a manga de sua camisa social até a metade do antebraço e fez exatamente o mesmo com a outra, pouco antes de começar sua tarefa de retirar as roupas imundas que vestia e começar o seu banho, imaginando como o faria durante esse período, o que decidiu ao fazer a última dobra. Com delicadeza, deslizou as alças da túnica que utilizava para o lado e, com um pouco de 'incentivo' de suas mãos, deslizou a peça pelo peito até sua cintura. Sua respiração ficou ligeiramente descompassada, enquanto descobria através do tato a pele macia e sedosa, principalmente agora que estava melhor alimentada, mesmo abaixo de tanta poeira e pó. Fechou os olhos, para se concentrar no que deveria. Nunca tinha sentido aquela ardência... aquele desejo de possuir algo com tanta espontaneidade.

Nunca tinha realmente sentido, antes do próprio ato, desejos por suas presas.

Tentando manter a calma, ergueu um pouco os quadris dela para passar a túnica e finalmente deslizá-la pelas pernas. Cada toque, cada pedaço de sua pele que descobria parecia como colocar lenha na fogueira. Sua respiração tinha se tornado ligeiramente mais ruidosa, enquanto a observava semi-nua a sua frente. Dormindo serenamente, totalmente vulnerável... controlável.

Feche os olhos, respire fundo e concentre-se em lhe dar banho, ordenou-se com reprovação e amenizando levemente sua excitação com a visão de sua fragilidade. Colocou-a levemente mais para frente, apoiando sua cabeça em seu ombro, enquanto procurava pelo fecho do sutiã.

- Mas eu não quero tomar banho, mamãe... - ela resmungou em seus sonhos, enquanto lhe abraçava pelo pescoço.

Parou por um momento, quando já havia encontrado o fecho, esperando por mais alguma reação, mas não houve. Desfez lentamente e sentiu enquanto a peça se afrouxava. Mais um fechar de olhos forçado, enquanto sentia seu corpo contra si, relaxado, e a respiração constante e tranquila de sua mais nova presa em seus ouvidos, lhe retirando com uma facilidade terrível de seu auto-controle e insensibilidade.

Colocou-a de volta, recostada na borda da banheira. Enquanto se desvencilhava de seus braços em seu pescoço, aproveitou o movimento para deslizar a peça de roupa e depositá-la junto da túnica, permanecendo a observar as roupas por algum tempo, até retomar novamente a concentração. Você irá deslizar as mãos ao ensaboá-la, pensou para amenizar aquele desejo que não parava de crescer. Iria ter de colocar sua Sombra para dar-lhe banho, dali a pouco.

Não, vou me controlar. Ela me pertence e, como dono, tenho de mantê-la, pessoalmente.

Quando retornou os olhos, estava decidido. Retirou a última peça de seu corpo, concentrado e focado no objetivo. Depois de retirá-las, começou a encher a banheira de água morna, sem demorar muito tempo para que esta estivesse acinzentada pela sujeira. Agora viria uma parte ainda mais difícil... ensaboar.

Respirou, como se esse ato pudesse lhe dar mais confiança, franzindo a testa e tentando definir por onde começar, enquanto a banheira enchia. Não tinha se decidido, quando terminou de subir a água.

Precisava começar, antes que a água esfriasse. Pegou o sabonete, esfregando-o entre as mãos e o colocou de lado, começando a passar o produto por suas curvas juvenis através das mãos. Por diversas vezes, convenientemente, elas 'decidiram' esfregar alguns lugares com mais persistência que outros. Alguns com duas mãos, outros com apenas uma, ainda que não chegasse perto do paraíso.

Por fim, a brincadeira havia cessado, quando limpou o rosto dela e os cabelos - que foram bem difíceis. Claro que ele queria tocar o corpo de sua pequena e delicada Perséfone com mais do que as mãos, mas conseguiu se contentar com tão pouco. Assim que a enxaguou, fez a água descer pelo ralo e, com a toalha, enxugou todo o corpo metodicamente e a enrolou, onde seu cabelo teve de fazer com uma toalha a parte. Ela continuava a dormir a sono solto, quando lhe pegou nos braços para carregá-la no quarto, trazendo as roupas que tinha lhe dado com pequenas mãos de sombra.

Sua Sombra Viva tinha feito o que lhe ordenara, deixando a cama novamente limpa. Fronhas, lençóis e cobertas. Depositou-a no leito, abrindo a toalha de seus cabelos e deixá-la mais confortável, apesar de não deixar a sua visão confortável com tantos nós e de jeito tão maltratado. Franziu o cenho, determinado que aquilo acabaria aquela noite.

Desenrolou seu frágil corpo da toalha, tendo outra onda de ardências.

Controle-se!, ordenou-se imperativo e irascível. Ele não podia, nem queria, ser controlado por uma criança, muito menos por instintos tão primitivos. No início, funcionou. Conseguiu colocar a peça íntima debaixo com destreza e, até onde conseguia, indiferença. Mas logo na próxima, o sutiã, não conseguira devido ao fator: precisou retirá-la do leito, num semi-braço.

Ajeitou as alças em seus braços e, até esse momento, foi muito tranquilo. Porém, precisaria colocar o fecho no lugar e, para isso, deixá-la recostada em seu ombro. Assim que posicionou os braços dela em seu pescoço, como havia feito no banheiro e a cabeça em seu ombro, para ter uma visão e mobilidade boa, pareceu perder todo o controle motor.

Suas mãos não pareciam estar de acordo uma com a outra, enquanto a respiração dela na curva de seu pescoço o enlouquecia lentamente, perdendo a cada segundo parte de sua frieza. Vamos, vamos!, pensou, tentando se apressar para acabar mais rápido, mas quanto mais fazia, pior ficava.

Com alívio, finalmente conseguiu prendê-lo, talvez não como se deveria, mas não estava conseguindo ser perfeccionista naquele momento. Tinha muitas reações indesejáveis de seu corpo ao mesmo tempo para controlar, para realmente se preocupar em ser tudo perfeito. Depositou-a na cama, o mais depressa que seu medo de machucá-la ou acordá-la lhe desse.

Ah, só sobraria a túnica, finalmente...

Assim que a colocou, manipulando seu corpo dócil e leve, suspirou genuinamente aliviado. Passou as mãos por seu rosto que dormia ainda tranquilamente, sem saber todo o entrave que tinha feito para lhe dar um simples banho. Porém, durou pouco tempo, enquanto erguia os olhos para a coroa de cabelos negros e embaraçados.

Será hoje que vou resolver isso
, pensou com um ligeiro rancor daquela rebeldia de fios. Não estavam ajeitados como deveriam, nem organizados, algo que lhe dava um mau-humor só de observar. Para isso, no entanto, teria de acordá-la para se sentar e poder fazer isso. Era impossível fazer com ela deitada.

- Perséfone... - chamou baixo em seu ouvido. - Perséfone... - ouviu um resmungo que, deduziu, significava estar acordada. - Sente-se para que eu possa penteá-la.

Como se programada, com os olhos miúdos de sono e corpo amolecido ainda, ela rolou para a beira da cama, colocando as pernas para fora e ali, sentada, permaneceu com a cabeça abaixada e os olhos pesados. Seus cabelos desorganizados caíam-lhe até a base da cintura e lhe dava calafrios só de observá-lo.

Isso acabaria naquele dia, pensou determinado. Trouxe uma escova da penteadeira que existia no cômodo com as sombras e respirou fundo. Seria uma batalha longa, tortuosa e dolorosa. No entanto, não queria machucar sua pequena Perséfone, semi-consciente a sua frente. Por onde começaria para ser menos dolorido? Talvez das pontas... não sabia nem mesmo como fazer, pois nunca deixara seu cabelo chegar a algo tão crônico de rebeldia.

Pegou uma mecha de cabelo entre os dedos - o que não valeu de nada, pois o resto veio através dos nós que o fazia praticamente inteiriço - e tentou penteá-lo. Para seu horror e desespero interno, a escova prendeu entre tantos nós e não descia um milimetro sequer, sem acabar puxando e praticamente arrancando se utilizasse a força bruta. O que faria se o pente não fazia nada?

Fazendo o máximo para não lhe parecer arrancar o cabelo dela com o pente, conseguiu desvencilhá-lo do emaranhado de fios.

- Porque não vai com os dedos, mamãe? É mais fácil... - ela perguntou com uma voz sonolenta e embriagada, nesse momento levantando a mão e enfiando-a em meio aos cabelos, fazendo com que seus dedos começassem, com o ato de afastar-se uns dos outros, levasse também os fios.

Observou com atenção seus movimentos desajeitados e sonolentos, fazendo-a pará-los no meio do caminho, pousando sua mão sobre a dela.

- Entendi. - sussurrou ao se aproximar das costas dela, colocando a mão que segurava sobre o colo dela novamente e começando o trabalho manual, pousando a escova ao lado.

Com delicadeza, começou a retirada dos nós de modo manual, ajeitando-se na cama devagar enquanto ganhava prática na tarefa e até prazer. Lentamente, junto de sua constante retirada de nós e paciência eterna, ela começou a se aproximar e ajeitar-se em seus braços, até acabar com o rosto enfiado em seu ombro e dormir profundamente em seus braços, enquanto continuava a trabalhar. Quando terminou a tarefa, revisou tudo antes de pegar o pente novamente.

Para seu alívio, ele passou com facilidade, tendo pequenos obstáculos que logo se desmanchavam como manteiga. Os cabelos negros, lavados e, agora, penteados estavam lindos quando a depositou com carinho de volta ao leito.



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