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Crônicas da Tia Héstia

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Mensagem  Héstia Qui maio 03, 2012 7:51 pm

Crônicas da Tia Héstia

Introdução


Sou uma pessoa muito viajada e sei dos contos de todos os lugares imagináveis, nada mais justo que contá-los para os semi-deuses do acampamento, todos os contos que sei envolvem fatos ocorridos e que são contados e recontados até os dias atuais, prometo ser legal e contar como realmente são, sem esconder nada por trás dos panos, alguns deles são realmente muito fortes, então se tiver medo ou uma mente muito imaginativa não os escute, podem causar pesadelos ou até mesmo atrair seres horríveis para baixo da sua cama. Não estou mentindo ou tentando te assustar, dizem que ao pronunciar nomes ruins, coisas ruins são atraídas, você quer realmente quer saber? Tome muito cuidado, pois pode ser seu primeiro e último conto. Mantenha o silêncio e preste muita atenção e não olhe para trás, se parar algo ruim acontecerá e se o medo bater aí mesmo que você vai se arrepender.

Desenvolvimento


Contos diferentes, postado em dias diferentes, não vou manter uma ordem de dias iguais, vou postar quando eu tiver criatividade ou vontade, caso não der certo e eu falhe, peço desculpas a quem queria realmente saber das verdades que sei. Mas a princípio tudo vai seguir normalmente e nas suas devidas rédeas. Obrigado pela cooperação de todos e espero que gostem das histórias que irei contar, como eu já havia dito, tome cuidado, um passo em falso pode ser fatal e não ouse recitar tais palavras em voz alta ou repassar para um humano qualquer, podem causar queimação nas orelhas e surdez. Não vou fazer qualquer censura ou algo do tipo, podem conter cenas de nudez ou até palavras de baixo calão, espero que entendam, pois como uma deusa honesta, só digo verdades e não ouso esconder nada.

Agradecimentos & Notas


Agradeço todos que vão ler e a todos que gostarem dos contos, espero que os semi-deuses possam fazer bom uso de tais informações anunciadas, algumas delas são de extrema importância para mim que passei anos as adquirindo. Não permito que repassem os contos citados nesse fórum, já que são exclusivamente meus e só estou a lhes contar, pois sou uma pessoa de extrema simpatia.
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Mensagem  Héstia Qui maio 03, 2012 7:51 pm

I - As Benevolentes


Berço de ouro e poder, foi ao meio disto que Roman Russell nasceu, seus pais eram egoístas, ricos e excêntricos, as piores pessoas que viviam em Manhattan, em um lindo residencial, com longos sete andares, uma decoração clássica que parecia ser a mais antiga antiga ao meio dos enormes prédios da cidade. A infância ao meio ao ódio, desgosto, irá, avareza, inveja, ciúmes, preguiça, luxúria, o fez se tornar uma pessoa ruim, com os piores pensamentos sobre as pessoas. Desde criança cometia o ato de roubar, de magoar, de pisar em todas as que aparecessem em seu caminho, sem deixá-las se justificarem ou até mesmo se aproximarem, não faziam a menor ideia que estavam ao lado de uma víbora, das mais perigosas e letais. Roman se quer pensava no que fazia, sua família o mimava e cada dia que se passava só se tornava pior, com mais pecados e mais ousadia em cometer tais atos. Tudo que almejava dava certo, mesmo sendo odiado, com o dinheiro conseguia comprar tudo e todos, todos, tinha eles a seus pés. Os pais se foram e o deixaram todos os bens, contas eram poucos já que havia recebido o poder mais influente de seus pais, o de controlar as pessoas. Casou-se e manteve os negócios que iam em vento em popa, as namoradas da adolescência se tornaram as putas da juventude e nem ligava para o que sua esposa pensava, a controlava, a mantinha presa, a obrigava a ser o que não queria. Ousada e cansada, não aguentava mais tal opressão e se rebelou, mas não adiantou, ele com as próprias mãos a matou e não foi acusado de nenhum dos delitos. Mal sabia o que era felicidade, a soberba cometia diariamente, já que nunca iria receber tal punição a tamanho de seus atos, nem ligava para o que as pessoas sentiam, apenas as pisava e as maltratava, as usava e as jogava no lixo, as tinha e as largava, toda vida tratou-as assim.

Tal dia as Erínias o acharam, já que até então era camuflado pelas máscaras da vida para enganar, roubar, acoitar, ferir, matar todos que apareciam, sem deixar a coroa escorregar e muito menos cair. Não esperava que descobriria o que era sofrimento, que até então nunca havia sentido, apenas cometido. Surgiram da névoa na velha casa, preparadas para pregar a dor e o sofrimento eterno no rapaz, ainda era jovem, um adulto rico, porém burro. O negro invadiu a janela, quebrou a porta, destruiu as cortinas, queimou o carpete e ao pé da escada tomaram a forma original, pareciam mulheres, de fato eram, porém tinham asas acinzentadas, tais da mesma cor do corpo, com um nariz achatado, a cabeça oval demoníaca e uma imagem de causar horror. O homem dormia, entraram sorrateiras pela porta e se puseram embaixo do lençol do homem, que pensava ser mais garotas para animá-lo, mas estava totalmente enganado, o dia em que teria que acertar suas contas havia chegado, cruel e horrível este dia.

Se ainda ama a vida que leva, por favor semi-deus, não continue.


De tal forma sentiu o membro pela última vez, que o fora arrancado sem piedade, Megaira havia o castrado, que saiu de surpresa debaixo do lençol, com tal parte a boca, sangrando, os gritos eram assustadores, dolorosos e ao mesmo tempo desafiadores, porém era só o começo, Megaira engoliu tudo de uma vez só e se colocou encima do homem, deitada, tomando a forma de uma bela moça de cabelos loiros e lindos olhos azuis, falando maldosamente todos os incontáveis pecados que havia cometido. O corpo ardia em febre, Alecto o mordia no pé, e assim continuou, até arrancar dedo por dedo, o homem esperneava e gritava, mas nada adiantava, estava preso a cama, o corpo era imóvel, Alecto havia o deixado sem os movimentos, porém ainda sentia dor de cada canto do corpo, falando nomes feios e dando leves beijos pela perna do homem. Tisífone estava parada a espera do homem, Alecto e Megaira haviam se calado e segurava tochas, Tisífone havia se tornado uma mulher atraente, como suas irmãs também exibia os seios e até mesmo a parte mais íntima que uma mulher podia ter, com um sorriso de maldade no rosto se aproximou ao homem e o tocou com uma das unhas no lábio, o mesmo tremia e gritava enquanto tentava sair dali, porém não obtinha sucesso, dos olhos escorriam lágrimas e o sangue na sua parte inferior sujava o lençol branco na qual estava deitado. Tisífone se deitou totalmente sobre ele e a boca ao ouvido do mesmo levou, a voz tenebrosa e feminina da boca soltou, citando um verso. ― “Seus medos vão te pegar, e nunca mais vão te largar, ao contrário de um sonho, isto é um pesadelo, sangue, feridas e machucados, vão surgir, e você não terá a mínima chance de fugir, talvez se esconder, para a gente não lhe acolher.” ― Tal frase dominou a cabeça do homem, ecoava em toda a casa. As Benevolentes choravam de tanto rir e o ofender, no lugar de lágrimas jorrava sangue, mas logo voltaram a se tornarem uma nuvem de fumaça e sair pela janela do terceiro andar.

O homem não aguentou, ou estaria louco ou estaria condenado, não havia mais o que fazer, abriu o bidê ao lado da cama, puxou um punhal e cravou no próprio peito, esperava que se morresse estaria livre, mas se enganou, estava no submundo, sendo levado para o sofrimento eterno, e então, as Erínias tornaram a aparecer, o perseguir e o atordoar, porém desta vez ele não teria saída, a vida perdeu e a morte levou, a dor e o sofrimento que causará agora foi o que lhe restou. As Benevolentes não se cansaram, passaram o resto da eternidade a perseguir Roman e dizem que até hoje no submundo ainda o atordoam, todos os dias em todas às horas, porém ainda castigam os que repitam a dose de maldade.

Desfecho & Informações

As Benevolentes ainda castigam todos, realmente todos que cometem tais pecados como a traição, o roubo, o assasinato, lembresse semi-deus talvez um dia elas irão te punir, mas nunca se esqueça que se fez algo de errado foi para sua defesa, pelo menos eu espero que seja e tome cuidado, pois o caminho daqui para frente não será fácil.
"As Erínias são deusas justas, porém implacáveis, e não se deixam abrandar por sacrifícios nem suplícios de nenhum tipo. Não levam em conta atenuantes e castigam toda ofensa contra a sociedade e a natureza."

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Mensagem  Héstia Ter maio 08, 2012 5:27 pm

II - O Ortros


Finalmente férias, o verão havia chegado e agora poderia descansar em paz, Kassie William, Liam Phay e Clarice Clark, finalmente estavam longe da escola e planejavam as férias de verão em um lugar divertido. Halifax, Canadá, acampamento Woodhaven, nada melhor que relaxar ao meio da natureza, das árvores, do mato e do cheiro de terra por todo o lado, a serenidade predominava ao meio de tantas coisas vivas. As malas estavam prontas na parte traseira da caminhonete e os três estavam em direção ao lugar, os ventos pareciam calmos naquela noite, certamente aproveitariam muito o acampamento. Grandes árvores demarcavam a entrada do acampamento, com uma placa torta sobre uma delas, os únicos campistas eram eles, Kassie certamente era a loira mais fascinante de todas com lindos olhos claros, inteligente e cativante, Liam era de certa forma frio e um pouco distante, muitas vezes até irritante, Clarice não era das melhores pessoas, porém era paciente e mantinha a relação de amizade na tranquilidade total. Haviam feito um acordo, acampariam no meio das árvores e assim fizeram, fogueira, barraca, marshmallows, tudo que havia direito. A noite havia chegado, os ventos haviam aumentando e os três haviam se recolhido, não podiam ousar ficar no frio mortal da rua, não eram malucos para tentar. O sono apanhou os no mesmo tempo, Hipnos certamente havia passado por ali em uma névoa árida e escura, o silêncio embalava as primeiras horas da noite, o vento continuava com sua força ao meio das árvores que balançavam intensamente, a fogueira havia se apagado e os animais da floresta haviam dormido.
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Podia-se ouvir que galhos que estavam ao chão serem partidos aos poucos, eram passos lentos de um animal que tinha um faro aguçado, já que estava de cabeça baixa ao meio da escuridão, cheirando as folhas brevemente, o barulho era audível. Liam levantou no susto, ao ouvir os tais, não perdeu tempo e acordou as garotas. A voz estava um pouco tremula, mas conseguiu explicar o que estava acontecendo rapidamente. O ruído estava aumentando e era sinal que a criatura estava se aproximando. Liam respirou fundo e as avisou. ― Sairei com calma e usarei o localizador para espantar o que estiver lá fora, de qualquer modo não saiam, independente do que aconteça, talvez seja um castor ou até mesmo um guaxinim. ― Encheu novamente os pulmões com todo o ar que podia suportar dentro deles, pegou o localizador com a mão direita, parecia uma arma de fogo, porém era vermelha e no formato de um pequeno revólver, a esquerda segurava uma pequena lanterna preta, acessa. Ergue a cabeça e em seguida abriu a barraca, saiu rapidamente sem olhar para trás e sem cambalear. A escuridão era tão intensa que não conseguia ver nada, apenas ouvir algo correr em volta da mata.

Semi-deus, acenda as luzes e evite balbuciar tal nome.


Não houve tempo, os passos estavam atrás de Liam, mas como eu já citei, não houve tempo, o garoto estava no chão, gritando e pedindo ajuda, algo que parecia um lobo estava encima dele, mas de fato era algo destinto do animal, a perna do garoto estava sendo mordida por uma cobra. O fato era que um Ortros estava encima do garoto, um cão negro de duas cabeças e um rabo de serpente, ambas as mandíbulas arrancavam pedaços do pescoço e ombro do rapaz, que parecia ter morrido sem entender, os gritos foram os mais altos possíveis e parecia ter esperneado até o último minuto, mas a mordida na aorta havia sido letal, o sangue havia se tornado uma enorme poça embaixo do garoto, que agora passava de pedaços, o monstro parecia insatisfeito. Os restos do garoto estavam jogados pela grama à frente da barraca, o que havia mais sobrado foram ossos, principalmente os pequenos filamentos das costas e do crânio, certamente os olhos haviam sido engolidos, e os órgãos mais importantes também, de forma cruel e fria o tão cão havia o matado e o comido, agora Liam não passava de apenas restos. Kassie e Clarice estavam abraçadas, com os olhares fixos na parte de fora da barraca, estavam chorando baixo devido aos gritos finais de Liam que se debateu até a morte, mas elas não haviam tido a mesma visão que ele, não sabiam do que se tratava, acreditavam que era um lobo ou um cão selvagem satisfeito, o silêncio voltou a dominar o lugar, estavam de mãos dadas e tentavam arranjar coragem para sair da barraca e verificar o que havia acontecido com o rapaz. Kassie abriu a barraca e colocou a cabeça para fora, não havia ninguém lá e então tomou coragem e saiu, mas ficou congelada ao ver os ossos jogados e o sangue por todos os lados, deu um grito horrendo e ao mesmo momento Clarice saiu da barraca perplexa, também congelada. Um duplo uivo e foi apenas isso, o cão bicéfalo estava encima de Kassie a arrancando significativos pedaços do seio com roupa e tudo, enquanto arranhava a face da garota que de debatia-se no chão pedindo ajuda a Clarice, mas a garota serena não estava mais ali, corria ao meio das árvores, perdida, na tentativa de sair da floresta, era tudo tão escuro, tão intenso, tão obscuro. Os braços e pernas de Kassie haviam sido arrancados e atirados para o lado, com o sangue escorrendo, a garota sobreviveu por mais tempo que Liam, mais tal monstro cravou as patas no peitoral dela e tirou fora tudo que podia, ambas as bocas da criatura estavam totalmente sujas de sangue e ainda insatisfeito, o rabo de serpente havia comido todas as lindas bochechas da garota, coitada, morreu seu ao menos dar um motivo.

A fera saltou e correu atrás da garota perdida, apenas sentindo o cheiro dela pelo ar, Clarice estava tentando subir uma árvore, mas cessou e tentou retomar a corrida, mas seu calcanhar estava preso, tinha duas bocas a prendendo, sabia que era o fim, gritou em voz alta o nome dos amigos e fez uma breve oração, nunca havia acreditado em mitologia e agora tudo era verdade, o sangue a fez perceber isso, enquanto o ser roçou os dentes nas costas da coitada. Resistiu por um bom tempo, a cabeça havia sido decepada e as costelas quebradas e arrancadas fora, cochichou um adeus e partiu, a criatura negra de duas cabeças sumiu entre as árvores e a escuridão, ainda dizem que Ortros aparecem ao meio do negro quando estão com fome e abatem suas vítimas repentinamente, as matam e as comem e as únicas coisas que sobram são os ossos insignificantes e o sangue que cai ao chão.

Desfecho & Informações

Ortros não dispensa uma presa quando a vê, abate sem ter piedade e muito menos dó, quando mais o alvo de meche, mas interessante as coisas se tornam para criatura que tem uma leve queda por órgãos vitais como o coração e o cérebro, domar uma criatura deste porte é quase impossível para um semi-deus, na verdade é impossível, a não ser que tais habilidades sejam grandes e tenha uma frieza superior a de tal monstro, não se esqueça que todo cuidado é pouco e os olhos devem sempre estar vigilantes.
"Ortros é irmão de Cérbero e da Hidra de Lerna, era um cão bicéfalo, com cauda de serpennte. Considerado o cão de guarda mais feroz já visto, sempre perspicaz e sanguinário, não desperdiça carne quando vê."

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