Estábulos para tarefa

Caminhei sentindo o sol queimar a nuca enquanto o vento batia fracamente contra o corpo. Carregava em mão alguns sacos de lixo, uma vassoura e um balde. Vestia uma camisa preta e calça jeans rasgada também. Dessa vez, em vez de usar tênis usava uma bota preta até quase o meio da canela, que estava coberta pela calça. Caminhei em direção ao estabulo, notei que Áthos estava de pé, esperando apenas que abrisse a portinhola e assim eu fiz para cumprimenta-lo, ao que o pégaso veio caminhando e antes de eu abrir totalmente ele empurrou com o corpo fazendo a porta abrir e eu cair no chão. Ele foi trotando pelo campo enquanto eu olhava sem entender nada, ao que vi Quíron parado de braços cruzados:

- Não é por que montou ele, que já tem sua lealdade e respeito.

Eu estava emburrado no chão, com olhos e lábios contraídos esperando poder retribuir um dia o favor que Áthos fez a mim. Apoiei a mão no solo e levantei a limpando na calça e falando enquanto olha o peregrino trotando entre os leitosos irmãos:

- Então por que tentou me ensinar a voar com ele.... deveria ter me dado um pégaso mais adestrado e manso.

Os olhos de Quíron não abandonavam o horizonte, esta concentrado nos movimentos que o pégaso fazia e só respondeu com a voz firme o bastante para saber que era fim de conversa:

- Acredito que houve um motivo para ele aceitar sua montaria sem experiência, espero que aprenda o que precisa com ele, mas tome cuidado, como te avisei, ele teve poucos amigos.

" Com esse temperamento e atitude nem precisava falar." pensei enquanto ainda encarava de cara fechado o cavalo que me derrubou. Segurei mais forte o equipamento e segui para a area dos estábulos para começar a limpa-la. Adentrei as baias e comecei a retirar os detritos que os animais deixavam pela noite adentro. Juntava tudo com a vassoura e usava a pá para guardar dentro de um saco o que depois poderia ser usado como adubo, pois era isso que faziam com o esterco. Talvez esterco de pégaso fosse mais nutritivo para plantas que o de cavalos normais. Sorri com a idéia, aquilo era realmente ridículo. Após retirar o esterco juntei o feno velho e fui juntando tudo no centro dos estábulos, onde com a luva apanhei tudo guardando em outra saca e colocando ao lado do esterco do lado de fora do galpão.

Com o balde apanhei a água e comecei a lavar todos os recintos dos pégasos que corriam do lado de fora, era preciso fazer isso vez m quando e assim ia deixando tudo com um odor mais agradável e com aparência mais...normal. Esfreguei, ensaboei e depois enxaguei retirando o excesso de águas com o rodo e terminando assim a limpeza dos estábulos. Rea jeitei novos fenos nas baias e água para todos eles. Assim sai do local e segui mais adiante aonde estavam adestrando novos pégasos que haviam chegado no dia anterior. Quem estava encarregado de fazer aquilo era um filho de Poseidon, natos amigos daqueles seres, que ensinava a quem quisesse os segredos do bom adestramento. Caminhei o procurando.

O jovem me olhou sorrindo e falou:

- Quíron disse que iria precisar da minha ajuda... vamos começar.

Pietro era o nome do rapaz, Alto e de cabelos negros como a crina de cavalos americanos, seu rosto tinha um talho que ia desde a parte debaixo dos olhos até o queixo, um talho que eu sequer pensei em questionar. Pietro entrou no grande circulo e encarou o pégaso a sua frente falando:

- O mais importante para domar um pégaso ou qualquer cavalo, é manter o contato visual e mostrar que não o respeita, mas não o teme. Depois é só fazer isso olha....

Pietro começou a encarar o pégaso que também o encarava, ambos mantinham o olhar fixo um nos movimentos do outro, Pietro avançava lentamente na direção do pégaso que ainda girava, mas não recuava. Aparentemente manter o olhar fixo tirava a concentração do animal no que acontecia e assim permitia que a pessoa o apanhasse. Assim Pietro deu um salto e agarrou forte no pescoço do animal que começou a correr em círculos tentando derruba-lo. Alex percebeu ali, que outra coisa importante era se manter sobre o animal, por que após alguns minutos de grande fúria o pégaso foi parando, com passadas leves e exaustas, se dobrava ao filho de Poseidon que desceu do animal e o acariciou, guiando-o para a cocheira enquanto ia me passando detalhes de como fazer as coisas certas nas horas certas.

Lancei um último olhar a Áthos que estava distante e que ao perceber que o olhava virou o rosto, como se não quisesse que percebesse sua atenção no que fazíamos e sorri com essa idéia. Por aquele dia tinha dado, Pietro me convidou para voltar no outro dia e eu aceitei, voltaria para cuidar do estabulo, aprender a adestrar um pégaso e é claro, para ver meu novo amigo Áthos.



----
Avaliação por Poseidon

Vamos lá, além de vários erros de pontuação e forma de escrita que podem se melhorados com o tempo venho aqui destacar alguns pontos importantes nesse post:

- Você é um semi-deus level 1. Como você consegue montar um Pégaso arisco, melhor, quem te deu esse Pégaso? Você não é filho de Poseidon, pelo contrário, filho de Athena o qual ele tem uma grande e milenar rincha. De onde vêm essa facilidade?

- Sua descrição do trabalho me aparentou algo como limpar um estabulo inteiro seja a coisa mais fácil de ser realizada. Você é um semi-deus, mortal. Como você não ficou nem um pouco cansado após tal tarefa?

- Por fim o mais importante, atenha-se aos fatos que rolam em ON. Mesmo não tendo lido o livro de Percy Jackson existe uma razão para haver um teste para ser reclamado como filho de um dos Três Maiores: é porque eles são raros.

Filhos de Athenas podem ser comuns, filhos de Apollo podem ser comuns, filhos de qualquer outro deus que não seja Zeus, Hades e Poseidon são comuns. Então de onde saiu esse meu filho que eu nunca reclamei? Ou melhor que não existe.

Espero que isso não se repita, você não tem poderes de mestre para colocar tal coisa que seria realmente citado em ON se fosse real.

Em resumo: Athos não é seu cavalo, nenhuma campista tem um Pégaso a menos que isso seja feito explicitamente por um moderador/administrador. Se situe no RPG, sugiro que acompanhe mais o que acontece e não crie personagens que segundo a ordem e obviedade não deveriam existir ou seriam claramente notáveis se existissem.

Fica aqui a sua primeira advertência,pois você já foi avisado e aconselhado em casos anteriores pela moderação.
Preste atenção para que pequenos erros como esse não se acumulem como aconteceu nesse.

Já era de tarde quando resolvi me entrosar com os cavalos e pégasos do Acampamento. Na verdade quem resolveu isso por mim foi meu treinador, já que eu estava treinando arquearia com eles agora e, por que, bem, eu tenho um certo acanhamento com cavalos. Enfim, fui para os estábulos usando umas roupas velhas mesmo e preparada para o trabalho braçal. Titã ficou no chalé, o que me deixava mais nervosa mas, ali deixaria os cavalos assustados também.

Suspirei alegremente, haviam acabado de limpar tudo, tinham até colocado feno novo e tudo mais.
Beleza, vou cair fora então...

Pensei, me virando para ir embora.

- Hey, Caçadora!

Gritou um rapaz alto vindo na minha direção. Ele era alto e forte, tinha os cabelos negros e lustrosos na altura dos ombros e a face alongada e ossuda que lembravam um cavalo. Ele também tinha uma cicatriz no rosto mas preferi não ficar encarando.

- Sim?

Respondi quando ele estava perto. Estava segurando um saco com a mão esquerda e a direita estava estendida pra mim. Apertei-a formalmente enquanto ele sorria descontraído, os olhos estavam me avaliando. Corando soltei logo a mão dele.
Meninos...

- Sou Pietro, filho de um deus menor qualquer, prazer em conhecê-la, caçadora.

- Sou Arya, Arya Sete e não importa de quem sou filha, já que sou uma Caçadora.

Respondi com firmeza. Não gostava muito de me relacionar com os outros campistas, mas as vezes era inevitável, a maioria era incherida.

- Estou aqui para ajudar, no fim das contas. Seu treinador me pediu para fazer esse favor.

- Hmmm, saquei, mas não tem mais trabalho nenhum, então to caindo fora.

Falei me virando para ir embora mas o garoto correu e parou na minha frente, impedindo minha passagem.

- Claro que temos trabalho! Vem comigo.

Falou Pietro pegando na minha mão e me arrastando na direção oposta. Queria soltar logo minha mão da dele então fui rapidinho para onde ele queria.
Entramos em uma espécie de celeiro, bem iluminado e com diversos acessórios presos na parede, ao fundo havia corredores com diversos cavalos separados em baias.

- Bom, como você é uma menina e nova eu achei melhor começarmos por baixo, olhe - apontou para a ultima baia que era a maior.

Me aproximei com cautela, com medo de algum cavalo colocar a cabeça pra fora e me morder mas, ali só havia um potrinho. Ele era todo marrom, cor de terra, e a crina era preta. Era belo, mas estava muito maltratado. Senti um calor no coração ao vê-lo e sem pensar nem temer entrei na baia pra junto dele.
No mesmo instante o cavalinho tentou se levantar, assustado. Porém estava sem força. Respirei fundo e me concentrei, tentei fazer com que minhas intenções chegassem ao animal antes de mim. E assim, consegui me aproximar e acariciar o dorso do bichinho. Ajoelhei-me ao seu lado e por um momento senti um turbilhão de sentimentos que não eram meus. Assustada tirei rapidamente a mão do potro e senti lágrimas subirem aos meus olhos. Percebi que ser Caçadora era mais do que apenas caçar animais.

- Esse potro foi trazido pra cá por alguns filhos de Hermes, eles roubaram de um caminhão de rodeio que quebrou na estrada aqui perto.

Disse Pietro e eu assenti. Ele entrou na baia junto comigo, pegou uma cenoura na sacola e me entregou.

- Tome, elas são mágicas e estão ajudando a curá-lo.

Cheirei a cenoura e nada de mais parecia ter nela. Acariciei o potrinho entre as orelhas e aproximei da sua boca com a outra mão a cenoura. Ele cheirou, deu uma lambida e mordiscou desconfiado. Logo depois com mais duas abocanhadas a cenoura já havia sumido dos meus dedos. Peguei outra, e mais outra e assim foi até contar 5 quando o estraga prazeres do cara-de-cavalo pediu pra parar. Fiquei com bastante pena pois podia ver as costelas do cavalo sob a pele.
Depois de alimentado, levamos um pote com água fresca para ele não ter que se levantar. E com panos úmidos fizemos uma limpeza no pelo, cascos e até nos dentes. Depois usando uma escova especial escovei os pelos e desembaracei a crina. Só não pude aprender como lidar com o casco direito por que ele ainda estava fraco para ficar levantando. Se bem que depois de ter o trabalho feito percebi que o potrinho aparentava estar mais saudável.

- Pra quem tinha medo de cavalos você se deu muito bem, Sete.

Falou Pietro. Fechei a cara envergonhada.

- Eu não tenho medo de cavalos! Só nunca tinha visto muitos de perto...

- Muito bem, se você diz, agora vamos, está anoitecendo e eu não quero chegar atrasado no jantar.

Arregalei os olhos, ele estava falando a verdade, tinha passado a tarde toda ali e nem tinha percebido. Estava um pouco cansada, mas mesmo assim insisti para ficar mais um pouco ali e ele acabou cedendo. Fiquei no estábulo até anoitecer, quando sai para tomar banho e ir jantar.
Estava bem feliz em fazer bem a outro ser vivo e resolvi que voltaria ali mais vezes.